PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO EM DEBATE NA SECRETARIA DE CULTURA DE CABO FRIO



Fazenda Campos Novos, no Segundo Distrito, foi o foco da reunião intersetorial desta quarta feira



A Secretaria de Cultura de Cabo Frio realizou nesta quarta feira, 31 de julho, no auditório da Prefeitura, uma reunião entre os gestores da Prefeitura Municipal de Cabo Frio, Codestam, Secretaria de Educação, Secretaria de Agricultura, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para discutir um conjunto de ações de restauração, preservação e investigação científico-cultural, tendo como foco do encontro a Fazenda Campos Novos, no Segundo Distrito.

Aberto pelo Secretário Municipal de Cultura José Facury, o debate contou com a participação de autoridades e especialistas, dentre eles o professor e pesquisador da UFRJ Ildeu Castro, Diretor do Departamento de História da Secretaria de Cultura, Fátima Brito e Luciane Corrêa, da Casa da Ciência – UFRJ, e a professora do Departamento de Geologia/Instituto de Geociências da UFRJ Cátia Mansur. (não é preciso botar
O tema central, exposto pelo Secretário de Cultura logo no início do encontro, foi como usar de maneira correta todo o potencial contido nas terras, construções e história da Fazenda Campos Novos. A proposta considerada como mais abrangente e eficaz foi a da utilização da sede da fazenda como local de funcionamento do Geoparque, no qual existirá um centro de resgate cultural e de projetos científico-educacionais reunidos em um local de turismo histórico, geológico, arqueológico e ambiental.

Nesse contexto, após o restauro e prospecção arqueológica a serem feitas pelo IPHAN, seria iniciada uma busca por apoio financeiro para a realização do primeiro centro de turismo agro-geológico-histórico da região.
Como parte desta proposta, também foi levantada a intenção de instalar o “Museu de História Natural Charles Darwin”, pelas características geológicas, arqueológicas e ambientais da área abrangida pelas terras da fazenda. Igualmente, o “Instituto de Geologia Charles Darwin” seria implantado, como um centro de apoio á formação acadêmica na área de geologia. A idéia deste centro já conta com o apoio da Petrobras que, em parceria com a UFRJ, manifestou seu interesse.

Ao fim do encontro, consolidou-se a opção pela criação de um parque ambiental que ofereça um centro cultural com restaurante típico, artesanato das comunidades locais, bem como um museu. Todo este projeto é amparado pelo fato de que o território compreendido pelas terras da fazenda possui um impressionante patrimônio geológico. A Fazenda Campos Novos sobreviveu ao tempo, apresentando aspectos culturais, históricos e arqueológicos extremamente relevantes.

A criação do Geoparque tem como meta a inserção do conjunto Campos Novos na agenda de celebração dos 400 anos da fundação da cidade, que se dará em 2015, onde os visitantes, pesquisadores e alunos de escolas e faculdades poderão aprender ou aprofundar seus conhecimentos sobre história, cultura, geologia, arqueologia, bem como diversos outros aspectos científicos e ambientais.

A fazenda
Tombada pelo INEPAC em 2003 o conjunto arquitetônico da fazenda, que remonta ao final do século XVII é composto pela casa-grande, a igreja de Santo Inácio e o cemitério, nos moldes da arquitetura jesuítica dos primeiros séculos da colonização. Implantado em uma pequena colina, o sítio histórico é remanescente da antiga fazenda de Campos Novos, de propriedade da Companhia de Jesus. Com a expulsão dos jesuítas em 1759, a área foi incorporada aos bens da Coroa e, no início do século XIX, as terras sofreram uma reforma agrária. Em 1993, a fazenda foi desapropriada pelo município de Cabo Frio. A estrutura arquitetônica original está preservada, apesar das reformas posteriores.

Texto e fotos: Walter Biancardine | Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Cultura
Foto "Sacada de Darwin":  José Facury

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