GRUPO MANIFESTANTES FURA BLOQUEIO DA PM E PEDE "FORA SERGIO CABRAL
Milhares de pessoas protestam no Rio contra os gastos na construção dos estádios, o governador Sergio Cabral e o prefeito Eduardo Paes; eles são acompanhados por centenas de policiais, que montaram uma barreira para impedir que se aproximem do Maracanã, onde Brasil e Espanha decidem a Copa das Confederações; um grupo, no entanto, furou a barreira e chegou à entrada C do estádio com cartazes que pedem a saída do governador, que decidiu não ir ao estádio para evitar vaias; na cerimônia de encerramento, um dançarino protestou contra a privatização do Maracanã; polícia dispersa manifestantes com bombas de efeito moral; vídeo
30 DE JUNHO DE 2013 ÀS 19:11
Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um pequeno grupo de manifestantes conseguiu passar pelo bloqueio policial feito no entorno do Estádio Jornalista Mario Filho, o Maracanã, onde às 19h Brasil e Espanha decidem o título da Copa das Confederações. Eles se concentraram ao lado da entrada C do estádio e carregam faixas com frases: "Fora Cabral", referência ao governador do Rio, Sérgio Cabral, e "Somos Todos Aldeia Maracanã", em relação ao prédio do Antigo Museu do Índio ao lado do estádio.
O dentista Carlos Henrique Guimarães disse que conseguiu romper o bloqueio porque mora perto do Maracanã. "Pedimos a melhora nas condições da educação, o investimento de 10% do PIB [Produto Interno Bruto] para educação; contra a remoção dos índios da Aldeia Maracanã; além de melhoria na mobilidade urbana, segurança; e contra o modo como a polícia tem agido nas manifestações e nas favelas", disse.
A advogada Marilea Ormond, que trabalha no Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj) há 46 anos, veio ao Maracanã para protestar contra o fechamento do Hospital do Iaserj, na Avenida Henrique Valadares, no centro. Ela está acompanhada da mãe, dona Jacira dos Santos, de 95 anos, que era paciente do Iaserj.
"Estamos aqui em nome da saúde pública e contra o genocídio estadual dentro dos hospitais. O governador mandou retirar os pacientes do Iaserj para demolir o hospital, conseguiu acabar com 500 leitos e 44 especialidades médicas”, declarou.
Assista, abaixo, ao vídeo em que casal protesta contra a privatização do Maracanã:
Leia, ainda, notícia de confronto entre manifestantes e policiais:
Isabela Vieira*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Um grupo de pessoas que participava da manifestação nos arredores do estádio Maracanã entrou em confronto com a polícia há pouco. O clima ficou tenso depois que manifestantes arremessaram objetos, como latas e pedras, nos policiais, que revidaram com bombas de gás para dispersar o grupo.
O veículo blindado da Polícia Militar, conhecido como Caveirão, permanece estacionado na esquina entre a Avenida Maracanã e a Rua Professor Henrique Rebelo.
Abaixo, reportagem anterior:
Akemi Nitahara
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Manifestantes que participam de protesto na zona norte da capital fluminense chegaram há pouco à Avenida Maracanã, esquina com a Rua São Francisco Xavier, e encontraram um forte bloqueio policial. Os participantes da mobilização se concentraram na Praça Saens Peña, na Tijuca.
Os manifestantes seguram faixas pedindo mais recursos para a saúde e a educação e a prisão dos condenados no julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), da Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Todo o quarteirão até o estádio Maracanã está tomado pelas forças de segurança, com o Regimento da Cavalaria, a Tropa de Choque e a Força Nacional de Segurança Pública. Também blindados posicionados no local e muitos policiais militares.
Edição: Juliana Andrade
Abaixo, reportagem anterior:
Flavia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Milhares de pessoas partem, neste momento, da Praça Saens Peña, na Tijuca, em direção ao Estádio Jornalista Mario Filho, o Maracanã, onde às 19h Brasil e Espanha decidem o título da Copa das Confederações.
É grande a presença de jovens na manifestação. Eles carregam cartazes contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorais da Câmara Federal, deputado Pastor Marco Feliciano, e denunciam as remoções e a violência cometida pelo estado.
Na passeata ocorrida pela manhã, o alvo das críticas foi o governo. Os manifestantes cobravam mais investimentos em saúde e educação e contra as remoções provocadas pelo megaeventos programados para o país.
Centenas de policiais militares acompanham a passeata. Uma pequena minoria de manifestantes está com o rosto coberto.
O metrô da Praça Saens Peña está parcialmente fechado. A companhia mantém funcionários nas portas das estações para garantir a segurança do local.
Os ativistas gritam palavras de ordem contra os governos do estado e do município. “Não vai ter Copa”, gritam outros enquanto andam. As lojas estão todas fechadas na Rua Conde de Bonfim, um dos trajetos da manifestação.
Leia, ainda, reportagem da Agência Brasil sobre o clima festivo dos torcedores antes do jogo:
Torcedores curtem clima da final da Copa das Confederações no entorno do Maracanã
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Antes do início da partida final da Copa das Confederações entre o Brasil e a Espanha, torcedores fizeram a festa do lado de fora do Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. Brasileiros e estrangeiros, fantasiados ou não, vestidos com camisas de seleções e clubes, aproveitaram o clima festivo no entorno do estádio.
Sentado no ombro de seu pai, Mateus de 4 anos, estava na expectativa para assistir a sua primeira partida de futebol no Maracanã. “A expectativa dele está muito alta. Ele ficou falando deste jogo a semana inteira. Hoje nem conseguiu dormir direito. Só está um pouco assustado com essa movimentação toda”, disse o pai, Ingor Costa.
O torcedor espanhol José Espinar, que mora há um ano e meio no Brasil, posava para fotos e câmeras de vídeos ao lado de 15 compatriotas. “Vim assistir ao jogo contra o Taiti. O Maracanã está incrível. Para mim, vai ser 2 a 1 [para a] Espanha”, disse.
Mesmo quem não tinha ingresso aproveitou a atmosfera de final de campeonato para passear pelo entorno do estádio. Tarciso Pinheiro foi caminhar com a mulher e uma cachorrinha poodle, que vestia uma camisa da seleção brasileira e mordia uma bolinha amarela. “Hoje ela está fantasiada de Neymara. Ela fez o maior sucesso. Pessoas do mundo todo quiseram tirar foto dela”, contou.
Vestidos com camisas da seleção da Nigéria, Dibi Yinkora e dois amigos nigerianos, mesmo sem ingresso, aproveitaram para conhecer o Maracanã pelo lado de fora. “É perfeito. Na Copa do Mundo estaremos aqui, com certeza”, disse.
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Comentários
O Cabral é um bom governador, se ele sair, tudo fica pior