RIO DE JANEIRO DEVE SE PREOCUPAR COM ELEÇÃO DE FERNANDO HADDAD APONTA ESPECIALISTAS POLÍTICOS
Fernando Haddad, do PT, foi eleito o novo prefeito de São Paulo com 55,57% dos votos derrotando o tucano José Serra (44,43%) e apesar de não se destacar no primeiro turno das eleições municipais, a vitória do candidato já era prevista, é o que aponta o professor de Ciências Políticas da Uerg e UniRio, João Feres.
"No começo da campanha eu previ esse resultado. Previ que o Russomano - apontado como maior adversário de Serra no primeiro turno - tinha tudo para cair e que o Haddad era o que tinha mais para crescer e de fato cresceu e ganhou a eleição", afirma João.
Para o especialista, a vitória de Haddad foi impulsionada pela imensa rejeição do eleitorado ao tucano José Serra e também pelo desgaste do candidato nas últimas candidaturas. Além disso, Fernando Haddad "tinha a vantagem do PT ter um eleitorado cativo em São Paulo e ser pouco conhecido. Ele é um sujeito que não captura só o voto petista, mas agrada a classe média também", afirma Feres.
Entretanto, João Feres não tira o mérito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na campanha, que chegou a ser muito criticado pela aliança com Paulo Maluf, no entanto, para o cientista político, o apoio "foi fundamental para Haddad ganhar tempo na televisão. Para um desconhecido isso é muito importante. Sem acordo com Maluf seria impossível".
Além disso, o cientista político ressalta o bom desempenho e competencia do petista nos debates que, segundo João, soube segurar e revidar os ataques de José Serra.
E em relação a nova gestão, Feres aponta um grande perigo para o Rio de Janeiro. "O potencial dele é grande. O PT conseguiu eleger alguém para um cargo muito importante em São Paulo e agora quem tem que se preocupar é o Rio de Janeiro porque vai disputar os recursos federais", avaliou.
O especialista ainda vai além e diz que, no lugar da presidente Dilma Rousseff "colocaria o maior gás em São Paulo para essa administração ser fantástica".
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