AÇÃO DE CONSCIENTIZAÇÃO DA PETROBRÁS :PESCADORES GANHAM ORIENTAÇÃO SOBRE PROBLEMAS CAUSADO S PELO LIXO DO MAR


Pescadores de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, receberam nesta quarta-feira (31) orientações sobre os prejuízos causados pelo descarte de lixo no mar. Uma tenda para o trabalho de conscientização dos pescadores foi montada logo cedo próximo ao píer do bairro Portinho. A ação de conscientização é promovida pela Petrobrás.
Segundo os ambientalistas e técnicos ambientais, o lixo marinho é encontrado em todas as áreas dos mares e oceanos do mundo, não somente em regiões densamente povoadas, mas também em lugares remotos, bem longe de qualquer fonte óbvia de lixo. Ele viaja longas distâncias pelas correntes oceânicas e com os ventos, sendo encontrado em todos os lugares no meio ambiente marinho e costeiro, dos pólos ao equador, dos litorais continentais a minúsculas e remotas ilhas; origina-se de muitas fontes e causa tremendos impactos ambientais, econômicos, na segurança, na saúde e também culturais. A lenta taxa de degradação da maioria dos itens de lixo marinho, principalmente plásticos, e a sua contínua e crescente produção, estão ganhando da disposição do homem de limpar o planeta.

A deficiência na implementação e execução de padrões e regulamentações internacionais, regionais e nacionais que poderiam melhorar a situação, combinada com a falta de conscientização entre os principais interessados e do público em geral são as maiores razões pelas quais o problema do lixo marinho não só permanece, mas continua crescendo mundialmente.
São estimadas que em torno de 6.4 milhões de toneladas de lixo marinho são descartadas nos oceanos e mares a cada ano. Cerca de 8 milhões de itens de lixo marinho são despejados nos oceanos e mares todos os dias Mais de 13.000 pedaços de lixo plástico estão, atualmente, flutuando em cada quilômetro quadrado de oceano. A Fundação de Pesquisa Marinha Algalita (AMRF), por exemplo, afirma em um relatório de pesquisa que no giro central do Oceano Pacífico, ela encontrou, em 2002, seis quilos de plástico para cada quilo de plâncton próximo da superfície.
O lixo marinho é a maior preocupação de saúde pública e ambiental em muitos países, que geralmente não dispõem de um sistema apropriado de gestão de resíduos, desde a sua fonte até o seu descarte ou processamento final.
Relatório da ONU mostra ameaça ao meio ambiente
Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, produzido em 2005, sobre o problema do lixo marinho nos Mares do Norte, Europa, África, Australásia e Estados Unidos, afirma que o lixo marinho impõe uma enorme e crescente ameaça ao meio ambiente marinho e costeiro. Ao final de aproximadamente 50 páginas, depois de relatar as atividades, acordos, convenções, regulamentações, diretrizes e ações de agências da ONU, governos, comissões internacionais e de um bom número de organizações da sociedade civil organizada, nas últimas duas décadas, o relatório conclui que o problema do lixo marinho persiste, grave, crescente e altamente ameaçador ao meio ambiente.
No Brasil não há estudo similar, até porque naquele relatório da UNEP/PNUMA são mencionados estudos e pesquisas feitas individualmente por entidades em vários países, mas, segundo o relatório, não seriam válidas, porque não utilizaram metodologia padronizada, nem foram feitas num período longo de observação, nem em uma área de amostragem representativa. Mas basta um passeio em qualquer calçadão de qualquer uma das milhares de cidades litorâneas para se constatar que, no Brasil, o lixo marinho faz parte da nossa paisagem do dia-a-dia.
G1

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