Agora eu sei porque eu tenho verdadeiro pavor pelo subserviência

Hoje vasculhando os pertences de minha família encontrei um exemplar do jornal O GLOBO datado em 31/05/1966, que minha mãe Aurelina Neves apelidada de "lili", guardou durante vários anos entre os seus pertences tido para ela como um dos bens de maior valor entre os pertences. 

Jornal esse em que em uma das suas colunas denominada "O GLOBO feminino", em que minha madrinha Isolda Cresta, na época artista global, filha de uma das famílias mais tradicionais do Estado da Guanabara,    a família Costa Pinto, dava uma entrevista ao referido jornal com o titulo "As Pratas da Casa", em que relatava o orgulho de serem uma das raríssimas  famílias de ter em sua casa nada menos de três empregadas com mais de dez anos de trabalhos, "segue-se  os dados das felizardas: " é brincadeira!!" 

Elza Maria da Silva: a "babá", a mais antiga das serviçais, na época com vinte anos de serviço prestado na casa. 

"Faleceu em uma casinha paupérrima sem assistência  no Município de Queimados na Baixada Fluminense".  

Celeste Damasceno: cozinheira que segundo relata veio trazida por uma amiga da família e o referido jornal suas especialidades eram as massas italianas. 

"Não tivemos mais  notícias dela, se não ganhou na  loteria esportiva ou algo parecido deve ter tido um final de miséria".

Lili Neves o jornal relata da seguinte forma: É a caçula das três e está na família dezesseis anos. Começou na família como cozinheira e dava uma mãozinha no resto do serviço e considerada a otimista da casa _ "a vida é boa, vem uma tempestade e logo passa..."

"Trabalhou esses anos todos sem carteira e outros direitos trabalhistas saiu com uma mão na frente e outra  atrás e morreu achando que era como se fosse da família Costa Pinto, Será que era o excesso de otimismo que não deixava ela enxergar a verdade"    

É brincadeira!

É por isso que eu grito: ABAIXO A SUBSERVIÊNCIA!! 



Comentários

VEJA AS DEZ POSTAGENS MAIS VISITADAS NOS ÚLTIMOS 7 (SETE), DIAS