Até onde um hacher pode chegar? Saiba com quem estamos lidando.


Diante dos recentes ataques cibernéticos que ocorrem após a polêmica das leis anti-pirataria dos Estados Unidos e fechamento do site de armazenamento e compartilhamento Megaupload, o SRZD foi atrás de especialistas para descobrir até onde um grupo como o Anonymous pode chegar e como se cuidar para não ser "atacado".
Foto> Divulgação
Na definição dada pelo especialista em segurança da informação e membro da Infragard (braço cibernético do FBI), Jeferson D'Addario, "um hacker é um especialista em tecnologia da informação e comunicação autodidata, NERD, curioso e estudioso" da área.
Ele aproveitou para explicar ainda que, apesar da definição soar pejorativamente, existem muitos hackers que não são criminosos. Aos que utilizam estes conhecimentos para operar na ilegalidade, define-se "cracker". "Um hacker surge do interesse individual e estilo de vida de cada um. Creio que um hacker é tão perigoso quanto o cidadão comum. Já o cracker, que usa este conhecimento para fins ilícitos, é um psicopata tecnológico", explicou.
O arquiteto de sistemas (e soluções) da Vertigo Tecnologia, Anderson Souza, reiterou a definição  afirmando que a ciência da computação é cada vez mais acessível. Segundo ele, é possível aprende as manobras para se tornar um hacker pesquisando na internet, sendo curioso. "Antigamente o cara para ser hacker tinha muito mais dificuldades. Ele tinha que ser um técnico muito avançado mesmo. Hoje é mais simples, a informática está muito mais acessível para qualquer curioso".
Mesmo assim, ele lembrou que não são apenas curiosos que detêm os conhecimentos para invadir computadores."Então, existem estes que são apenas curiosos e fazem a coisa pelo prazer da aventura e existe uma sub-indústria: pessoas que se profissionalizam para atacar empresas, outras pessoas, acumular informações, roubar senhas... Existe esse mundo marginal", explicou Anderson.
Para ele, o Anonymous, grupo que se diz responsável pelos recentes ataques aos bancos brasileiros e aos sites do governo dos Estados Unidos e FBI, não têm intenções ilícitas. "No caso do Anonymous, por exemplo, acredito que não chegue a ser esse mundo marginal. Eles não estão querendo tirara nada de ninguém, apenas fazer um protesto mesmo, causar alguma pressão por um ideal que eles acreditam ter que preservar", afirmou.
Ataques aos bancos não colocam contas em risco
Foto: Diculgação
Segundo o arquiteto de sistemas, os atuais ataques partem de uma capacidade acumulada préviamente. De acordo com ele, existem grupos de hackers organizados que desenvolvem pela rede uma série de vírus, como mecanismos de spam, sites ou até programa
s a serem baixados mesmo. Com isso eles conseguem, em pouco tempo, se infiltrar em milhares de computadores e manter o controle destas máquinas contaminadas.
"O que acontece nesse ataque recente aos Bancos, por exemplo, é que eles disparam, em um só momento, todas essas máquinas para determinados alvos. Fica difícil diferenciar o que são acessos verdadeiros. Com isso eles aplicam um ataque de negação de serviço, ou seja, uma sobrecarga no sistema, deixando os sites fora do ar", contou Anderson.
Segundo o arquiteto de sistemas, para essas empresas preparadas, o máximo que grupos como o Anonymous conseguem gerar é um problema momentâneo, sem causar grandes comprometimentos. "É como se fosse um buraco no meio da Rua. Qualquer um pode chegar lá, tacar uma granada e os carros vão ficar algum tempo sem ter como passar. Mas é só o tempo da prefeitura ir lá e tapar o buraco", explicou, mesmo que possibilidade de parar um site como o do governo americano ou FBI faça parecer que o grupo pode se infiltrar qualquer coisa.
Por fim, Anderson deu uma dica para prevenir seu computador de ataques. Segundo ele, não adianta ter um programa de proteção e não saber se cuidar. "O antivirus diz que você não deve clicar. Mas aí o cara é curioso. Quer ver as fotos daquela modelo que ele gosta, ou ganhar muito dinheiro... Eles sempre usam essas iscas para seduzir o internauta e infectar o computador. Cabe ao próprio não ser fisgado", finalizou.
Fonte: Blog Sidney Rezende.

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