Segundo a Comissão de Defesa do Meio Ambiente de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativo do Rio de Janeiro (Alerj), as coisas podem piorar.


A Comissão de Defesa do Meio Ambiente e de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) realizou nesta quinta-feira uma Audiência Pública para debaterem e apurar o vazamento de óleo que aconteceu na Bacia de Campos, no Norte Fluminense. Na última quarta-feira, a Alerj já havia divulgado a criação da CPI para apurar os fatos.
 Deputada Aspásia Camargo (PV), onde apontou como objetivo da audiência trazer o assunto para quem de fato paga a conta maior do acidente, nesse caso, o Estado do Rio de Janeiro.
Juntamente com outros representantes da Comissão, Aspásia apresentou uma proposta para a criação de um centro de prevenção que precisaria ser compartilhada com as empresas envolvidas na extração do petróleo e com as autoridades, alegando que as mesmas não fazem exigências necessárias às empresas.
"A empresa (se referindo a Chevron) falhou porque a Agência Nacional de Petróleo (ANP) não faz as exigências necessárias, não possui mecanismos de controle, entre outras falhas. O fato é que não há planos de contingências", disse. "A ideia é que esse plano possa incorporar o Rio e as regiões afetadas", completou a deputada.
A Deputada voltou a tocar na questão da ineficiência que a empresa e os órgãos responsáveis tiveram para conter o vazamento e criticou a demora da divulgação do acidente.
"Apesar do acidente ter sido relativamente pequeno, a maneira que ele foi controlado foi assustadora, demorou demais. Não houve transparência, ninguém sabia o que estava acontecendo, ficamos sabendo através de um satélite americano", disse indignada.
Divulgação
Durante a entrevista, Aspásia disse que suspeita de cumplicidade entre a petroleira e a ANP. "Sinceramente, eu tenho a impressão que houve ali (referindo-se ao acidente no Campo de Frade) uma cumplicidade entre a Agência Nacional de Petróleo e a empresa. A lentidão, a falta de regulamentação e a falta de transparência, tudo isso dá a impressão".
A deputada em alguns pontos defendeu a empresa, dizendo que não devemos aponta-la como um "demônio", pois o Estado e a União deveriam ter regras mais rigorasas. Se atualmente a empresa norte-americana Chevron, já estivesse explorando os campos de Pré-sal, "com certeza o estrago seria muito maior".
"As coisas vão mal? Vão. Mas podem piorar", terminou a deputada se referindo a exploração do Pré-sal.
Participaram da audiência, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, prefeitos e autoridades de outros municípios do Rio, além de representantes do Ibama e do Ministério Público Federal (MPF).

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