Afeganistão também investigará ataque da Otan no Paquistão.




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 Forças paramilitares controlam rodovias em Peshawar, após o fechamento das rotas para ajuda à Otan. Foto: Reuters
Forças paramilitares controlam rodovias em Peshawar, após o fechamento das rotas para ajuda à Otan
Foto: Reuters


O governo afegão evitou se pronunciar neste domingo sobre o ataque da Otan que matou 26 soldados paquistaneses no país vizinho e garantiu que iniciou uma investigação independente para esclarecer o incidente. "Estamos muito conscientes que helicópteros e aviões da Isaf (missão da Otan no Afeganistão) realizaram um ataque no lado paquistanês da fronteira", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores afegão, Janan Musazai.
"Iniciamos uma investigação própria e nos pronunciaremos quando a tenhamos finalizado", acrescentou Musazai. Suas palavras chegaram pouco depois que o governo paquistanês, que já protestou contra Estados Unidos e Otan, pedisse também explicações ao Afeganistão pelo ataque das forças aliadas. "O governo do Afeganistão tem que se assegurar que atos assim não sejam realizados desde seu território contra o Paquistão", reclamou a Chancelaria paquistanesa em comunicado.
Paquistão e Afeganistão compartilham uma conflituosa fronteira de 2,6 mil quilômetros, conhecida como Linha de Durand e fixada pelo Império Britânico no século 19, na qual buscam refúgio facções talibãs e redes extremistas que operam em ambos lados. As relações bilaterais sempre foram historicamente complicadas, especialmente pela velha aspiração do Paquistão, acusado de apoiar grupos insurgentes em território vizinho, de ter uma "presença estratégica" no Afeganistão. No Afeganistão estão alocados atualmente 130 mil soldados estrangeiros, a maioria dos EUA, que invadiu esse país há mais de uma década.

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