STF decide abrir inquérito para investigar as denúncias de corrupção contra Orlando Silva





A ministra Carmem Lúcia deu 10 dias de prazo para que todos os contratos do Ministério do Esporte sejam encaminhados ao Superior Tribunal Federal.

Ela requisitou os documentos do Superior Tribunal de Justiça sobre as apurações de irregularidades quando Agnelo Queiroz era o titular da pasta.

A magistrada quer saber se o caso do atual govenador do Distrito Federal e o de Orlando Silva deverão ser investigados conjuntamente.

No pedido feito ao Supremo, o procurador-geral Roberto Gurgel apontou indícios de irregularidades nas parceiras entre o Ministério e as ONGs.

Segundo ele, o dinheiro supostamente desviado do programa "Segundo Tempo" teria como destino o PC do B, partido ao qual o ministro é filiado.

Carmen Silva pediu ao Tribunal de Contas da União informações sobre eventuais processos de fiscalização de convênios suspeitos.

Defesa

Orlando Silva foi acusado pelo policial militar João Dias de coordenar o esquema, que teria movimentado R$40 milhões nos últimos oito anos.

O advogado do ministro, Antônio Carlos de Almeida Castro, observa que a falta de provas enfraquece as acusações.

Ele pediu que a investigação seja pública.

O chefe da pasta do Esporte voltou ontem à Câmara para falar sobre a Lei Geral da Copa, mas acabou sendo atacado pela oposição.

Oposição

Além de protestar contra a permanência de Orlando Silva no cargo, o deputado ACM Neto, do DEM, lamentou a presença do ministro na Casa.

O ministro preferiu ignorar as críticas e se concentrar no tema principal da comissão.

Em uma carta enviada ao PC do B, Orlando Silva citou o poeta chileno Pablo Neruda, que disse que era indestrutível.

Mas, no campo político, a situação do ministro ficou mais complicada.

O ex-presidente Lula, que bancava a permanência dele, já dá sinais de impaciência com a série de denúncias feitas pelo policial militar João Dias.

E aconselhou Dilma Rousseff a acompanhar o desdobramento do caso com atenção.

A prudência do governo foi confirmada pelo vice-presidente, Michel Temer.

O líder do PC do B, Osmar Júnior, avisa que a legenda não está preocupada com o futuro do ministro.

Ao sair do Congresso, Orlando Silva disse estar confiante na decisão da presidente de mantê-lo no cargo, apesar da pressão dos oposicionistas.





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