Depois de peitar STF, Jefferson pode se dar mal



Depois de peitar STF, Jefferson pode se dar malFoto: Edição/247

MINISTRO DO STF, MARCO AURÉLIO MELLO REBATE DECLARAÇÕES DO DELATOR DO MENSALÃO, QUE VEM DIZENDO QUE NÃO SERÁ CONDENADO PELO SUPOSTO ESQUEMA: "A FUNÇÃO DELE (ROBERTO JEFFERSON) É SER OTIMISTA, SE ACHAR ABSOLVIDO. MAS COSTUMO LEMBRAR QUE O COLEGIADO É UMA CAIXA DE SURPRESA"


As declarações do ex-deputado e delator do mensalão Roberto Jefferson de que não teme a condenação no Supremo Tribunal federal por envolvimento no esquema enfim receberam um contraponto, e de um dos ministros do STF que irão julgá-lo. Marco Aurélio Mello, o antepenúltimo ministro a proferir voto em relação aos 38 réus do processo, advertiu que "A função dele (Roberto Jefferson) é ser otimista, se achar absolvido. Mas costumo lembrar que o colegiado é uma caixa de surpresa".
A declaração foi dada durante entrevista ao Terra Magazine em que o ministro minimizou a importância do julgamento e disse que ainda "não há culpados" pelo esquema. O ministro disse ainda que não acredita na possibilidade do colega Cezar Peluso antecipar o voto -- Peluso está de saída do STF por completar 70 anos em 3 de setembro,
Leia trechos da entrevista publicada pelo Terra Magazine
Qual é sua expectativa para o julgamento do Mensalão, tido como o principal caso a ser julgado pelo STF desde a redemocratização?Marco Aurélio Mello – Não vejo o julgamento do Mensalão dessa forma. Nós já julgamos casos mais importantes do que esse. Para nós, ministros, esse é um processo como tantos outros e espero que tudo ocorra num clima de normalidade, sem excitação maior. Estaremos em atividade com absoluta equidistância, apreciando o que foi demonstrado pelo Ministério Público.
Estamos a uma semana do julgamento e é natural que as notícias sobre o caso só aumentem.O que houve foi uma potencialização do processo pelo número de acusados. São 38 réus. Se tivesse se observado a Constituição Federal, seriam deixados para o Supremo apenas os três detentores de mandato hoje, com prerrogativa de foro privilegiado. Dessa forma, 35 réus estariam sendo julgados na primeira instância e apenas três [os deputados federais Valdemar Costa Neta (PR), João Paulo Cunha (PT) e Pedro Henry (PP)] seriam julgados pelo Supremo.
Por ter tantos réus, o senhor acredita que o julgamento levará quanto tempo para ser encerrado?Sou um homem otimista, mas não acredito que acabe antes do final de setembro. Por mais ágeis que sejamos, o STF não é afeito a essa espécie de julgamento. E teremos incidentes de todas as ordens. Devemos racionalizar o trabalho, mas teremos incidentes.
Roberto Jefferson, réu que denunciou o Mensalão, diz ter certeza de que não será condenado, nem preso. O que o senhor acha dessa declaração?No mínimo, a função dele é ser otimista, se achar absolvido. Mas costumo lembrar que o colegiado é uma caixa de surpresa.
O senhor acredita que o ex-ministro José Dirceu é a figura mais importante do julgamento? Se ele for absolvido, a maioria dos réus também será, e se ele for condenado, da mesma maneira?
Não. A culpa é semrpe subjetiva e individualizada. Não cabe ao réu comprovar sua inocência mas, por enquanto, só temos acusados e não culpados.
BRASIL 247

Comentários

VEJA AS DEZ POSTAGENS MAIS VISITADAS NOS ÚLTIMOS 7 (SETE), DIAS