SERGIO CABRAL DEIXA O GOVERNO EM BAIXA E GAROTINHO DÁ ADEUS: "TCHAU, JÁ VAI TARDE!"

                                                 Imagem: Divulgação da Internet 



Fonte: Assessoria de Imprensa do Gabinete do Deputado Anthony Garotinho

Como um meteoro, o governador Sérgio Cabral (PMDB), que deixa o cargo nesta quinta-feira, foi do céu ao inferno em sete anos de governo. Após sucesso no primeiro mandato, o peemedebista dá adeus ao Palácio Guanabara em baixa, com a pior avaliação desde a posse em janeiro de 2007. O destino do governador, que passa o bastão para o pré-candidato do partido nas próximas eleições, Luiz Fernando Pezão, ainda é incerto. Até mesmo aliados avaliam que Cabral -- principal alvo nas manifestações de 2013 -- pode inclusive desistir de disputar o Senado.
Eleito em 2006 com o apoio dos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho, Cabral rompeu com o casal antes mesmo da posse. No primeiro mandato, se aproximou do então presidente Lula, após forte oposição no Senado. 
Em 2008, Sérgio Cabral viveu o auge do poder. A imagem do sucesso mostrava um governador confiante, passeando de bicicleta em Paris. Cabral comemorava na época investimentos prósperos para o Rio e a escolha da Cidade Maravilhosa como sede da Olimpíada de 2016.
No final de 2008, o governador cria a primeira UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), projeto criado para retomar as favelas das mãos de traficantes de drogas que vive uma crise atualmente com ataques do tráfico a policiais e aumento dos índices de violência no Rio.
Em 2010, o governador Sérgio Cabral foi reeleito com desempenho recorde: dois terços dos votos no primeiro turno e apoio de 91 dos 92 prefeitos do Estado. A exceção era no município de Campos, governado por Rosinha Garotinho.
Do céu ao inferno
A vitória marcou o auge da popularidade e o início da queda de Cabral. Seis meses depois, o governador seria atingido pela revelação de amizades muito próximas com empresários que recebiam verbas e incentivos de seu governo.
A queda de um helicóptero em junho de 2011 matando sete pessoas foi a prova de que Cabral se aproximou demais de quem não devia: o governador havia voado para Porto Seguro em um jato do empresário Eike Batista para festejar o aniversário de Fernando Cavendish, dono da construtora Delta.
Dez meses depois, o ex-governador Anthony Garotinho, adversário de Cabral e pré-candidato do PR ao governo do Rio, divulga em seu blog fotos do governador com o empreiteiro em Paris, onde Cavendish e secretários do Estado do Rio de Janeiro dançaram com guardanapos na cabeça.
Em 2013, a descoberta de que o governador usava indevidamente helicópteros do Estado e a morte do pedreiro Amarildo de Souza, que teria sido torturado na UPP da Rocinha, jogaram de vez lama na popularidade de Cabral. A pá de cal veio nas manifestações de junho do ano passado: o governador do Rio se tornou o principal alvo da ira popular.
Em baixa, a aprovação do governo Cabral caiu de 55% para 20%, segundo o Instituto Datafolha, a pior avaliação em sete anos de governo. 
Garotinho: "Já vai tarde"
Ao comentar a saída de Cabral, o ex-governador Garotinho disse que o governador não vai deixar saudades.
"Cabral quebrou o Rio, mas ainda assim não pode reclamar. Por tudo o que fez e pelas responsabilidades que tem na roubalheira que tomou conta do seu governo, ele tem sorte de não ter um destino pior, que, aliás, seria o merecido: sair do Palácio de Guanabara de camburão direto para um cela em Bangu, a mesma onde mandou colocar os bombeiros que fizeram greve. Tchau Cabral! Já vai tarde."

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