Fonte: Jornal do Brasil
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) começou a monitorar as redes sociais na Internet com o intuito de manter o governo informado sobre manifestações e movimentos organizados. O acompanhamento, segundo fontes da Agência, não tem como finalidade espionar as mobilizações feitas pelo país ou seus organizadores, mas dar apoio ao executivo nas questões de segurança, principalmente com a proximidade dos grandes eventos internacionais que o país vai organizar.
O monitoramento da Abin pretende mostrar os rumos dos movimentos sociais que são organizados pelas redes na Internet e apontar caminhos para que o governo possa interagir com seus organizadores. De acordo com uma fonte da Agência, não se trata de uma operação de inteligência tradicional, mas sim de uma exposição das ações para que o governo possa ter clareza desses acontecimentos. Nas manifestações dos últimos dias, por exemplo, afirma a fonte, foi difícil identificar as reivindicações e saber exatamente o que estava levando tantas pessoas a protestar. A determinação desses objetivos o mais rápido possível, disse a fonte, torna mais fácil ao governo interagir com os manifestantes.
A Abin não é a primeira agência de inteligência no mundo a criar uma rede de monitoramento da internet. A Agência de Inteligência Central dos Estados Unidos - CIA, na sigla em inglês - talvez seja o órgão mais famoso do mundo em se tratando de espionagem e ações secretas. Diferente da Abin, a CIA recentemente esteve envolvida em polêmica quando um ex-funcionário revelou um esquema no qual a agência vinha monitorando secretamente mensagens de e-mails e até de telefones de milhões de usuários. Outra rede muito conhecida é a da MI-6, do Reino Unido, mas que realiza trabalho em todo o mundo, que ficou famosa por causa do filme James Bond.
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