Rio - Depois de trocarem farpas em torno do que está sendo tratado como insubordinação de Jefferson Moura, a direção estadual do Psol no Rio soltou ontem nota oficial para tratar dos “seguidos comentários públicos” do vereador, “com acusações falsas e tentativas abertas de prejudicar a imagem do partido”.
A nota se referiu a uma discussão que foi parar no Facebook porque Jefferson, sem consultar o partido, se encontrou com o prefeito Eduardo Paes (PMDB) e defendeu publicamente o apoio à pré-candidatura a presidenta de Marina Silva, que vai criar uma legenda para chamar de sua. Por enquanto, o Psol é oposição a Paes e defende candidatura própria em 2014.
Depois de registrar na nota que “respeita” Marina, o Psol “reconhece a Jefferson Moura o direito de buscar aderir a essa nova agremiação, se for por ela aceito”. O chumbo grosso ficou para a parte final, quando o Psol “repudia o método adotado pelo vereador de buscar publicamente um confronto desnecessário com o partido, criando toda a sorte de constrangimentos, não hesitando em desrespeitar práticas consolidadas e processos coletivos e democráticos de decisão, com o intuito de se passar por vítima de pretenso sectarismo inexistente no Psol”. A nota foi assinado por todos os políticos do Psol do Rio que têm mandato hoje. Menos Jefferson, é claro.
Do outro lado do ringue, o vereador, que na quinta-feira divulgou o texto “Stalinismo no Psol! Não me calarei!” e ontem continuou no ataque no Facebook, surpreendeu, dizendo que considerou a nota um “recuo” do partido, “ótima” porque é a “legitimação do debate”. Depois, não se conteve: “Espero que retirem a sanção contra mim. Enquanto eu recolhia assinaturas para a fundação do Psol, alguns dos que assinaram a nota estavam confortavelmente sob o teto do PT em meio ao Mensalão.”
E esse 2014 que não chega.
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