247 - Não há crise na segurança pública de São Paulo, pelo menos para o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB). O governador tucano, aliás, enxerga uma "campanha contra São Paulo" nos noticiários que têm destacado as dezenas de homicídios na região metropolitana da capital, que vitimaram, entre outros, 92 policiais militares desde o início do ano.
Para Alckmin, é importante levar em conta a taxa de óbitos por 100 mil habitantes, na qual São Paulo tem "o melhor índice do Brasil". "O Estado tem tamanho de país! Aqui é maior que a Argentina! A região metropolitana é a terceira maior metrópole do mundo, tem 22 milhões de pessoas. Então é preciso dar o devido... senão se cria uma situação muito injusta, quase que uma campanha contra São Paulo e não é possível fazer isso e ainda criar uma situação de pânico na população", disse o governador nesta quinta-feira.
As declarações foram dadas durante o lançamento de um edital para a construção do prolongamento da Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Durante o evento, Alckmin disse que as mortes de policiais são uma reação do crime a operações de combate ao tráfico de drogas. Segudo ele, a polícia não pode "deixar de cumprir seu papel" por causa dessa reação.
Como vem fazendo sempre que questionado sobre o assunto, o governador destacou que a inteligência policial definiu 14 pontos estratégicos para conter a entrada de drogas e armas no Estado e que as ações de controle serão iniciadas nos próximos dias. Desde o começo de outubro, ao menos 268 pessoas morreram em circunstâncias que indicam relação com a onda de violência.
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