Paes e Freixo polarizam debate da RedeTV e trocam acusações sobre milícias






O segundo debate televisivo entre os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro teve como marca principal a polarização entre o atual prefeito, Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição, e Marcelo Freixo (PSOL), vice-líder nas pesquisas. O tema principal foi a questão das milícias, que gerou uma troca de farpas entre os dois. Otavio Leite (PSDB) priorizou os ataques a Freixo, enquanto Rodrigo Maia (DEM) criticou a atual gestão e exaltou o legado político do seu pai, o ex-prefeito Cesar Maia. Aspásia Camargo (PV), mais uma vez, preferiu mostrar uma relação de cooperação com o atual prefeito nas questões ambientais e de planejamento urbano.


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O principal momento do programa foi a discussão entre Paes e Freixo sobre o envolvimento com milicianos. O candidato do PSOL perguntou quem eram as pessoas com quem o atual prefeito havia se reunido em 2009, para tratar da licitação das vans. 
"É um pouco de desespero, estamos aqui para debater a cidade", afirmou Paes, lembrando que não pede ficha criminal das pessoas que vão a reuniões na prefeitura e terminou ironizando. "Pelo jeito, seu partido também não", em referência ao candidato a vereador do PSOL acusado de fazer parte de uma milícia.
Freixo retrucou, destacando que o candidato foi expulso do partido assim que a ligação com o crime foi provada. Por fim, destacou que a reunião de Paes "não foi um acaso, ela decidiu o futuro do transporte alternativo na cidade".
Rodrigo Maia se irritou com a série de perguntas a respeito do governo de seu pai. Ele não rejeitou a ligação com Cesar Maia, mas transpareceu se incomodar com a ênfase dos jornalistas convidados no passado:
"Eu sou Rodrigo Maia 25, Cesar maia é candidato a vereador 25111. Vamos fazer política, vamos fazer política", repetiu. Ele também disse não ter problemas a respeito da aliança com o PR dos Garotinho.
"A aliança é clara. Clarissa está comigo aqui e em todas as agendas. O atual prefeito fica fugindo de vereadores que são seus aliados, nós não escondemos nossas alianças".
Conforme já havia prometido em entrevistas, Otavio Leite mirou principalmente em Freixo. Tentando atingir a classe média, afirmou que o rival iria aumentar o IPTU. Também o alfinetou ao destacar sua história política na cidade, lembrando que o deputado estadual mudou seu domicílio eleitoral há apenas um ano. O tucano fez muitas promessas, entre elas a construção de um hospital geral em Jacarepaguá e redução de impostos.
Aspásia Camargo mais uma vez ficou à parte nas discussões e foi deixada de lado pelos adversários. A verde mostrou afinidade com Paes em diversas questões e teve dificuldades para explicar porque Fernando Gabeira e Marina Silva estão não aparecem em sua campanha:
"O apoio que tenho do Gabeira é explícito. Esteve na minha convenção, foi meu conselheiro. Tenho a permanente atenção dele e muito feliz com isso. Marina saiu do partido de forma traumática, sou amiga dela e fiquei com ela até os últimos momentos", defendeu-se, alegando que Marina sente-se constrangida em participar de uma campanha do PV.
Paes minimiza escândalos da Delta
Questionado sobre o grande volume de dinheiro repassado pela prefeitura à Delta, inclusive em cinco contratos sem licitação, Eduardo Paes mostrou não se preocupar com a empreiteira:
"Eu tenho várias empresas prestando serviço pra prefeitura. Não estou nem aí pra essa empreiteira. Todas as empresas que trabalham pra prefeitura seguem as regras impostas pela prefeitura. Compete a ele explicar lá na CPI os erros que cometeu. Eu posso garantir a lisura da nossa prefeitura", garantiu
Jornal do Brasil

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