Ministros do STF votam nesta quinta-feira (13/09), sobre lavagem de dinheiro no mensalão


O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira, às 14h, o julgamento do mensalão , com os votos dos oito ministros sobre o quarto capítulo da acusação, que trata de lavagem de dinheiro nos núcleos financeiro e publicitário. A primeira a pronunciar seu voto é a ministra Rosa Weber; seguida pelos ministros Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e o presidente da Corte, Ayres Britto.
Divulgação STF
Ministros do STF votaram nesta quinta-feira sobre lavagem de dinheiro

Depois de 22 dias de trabalho, o STF concluiu apenas dois dos sete itens do julgamento - sobredesvio de dinheiro público gestão fraudulenta de instituição financeira . O quarto capítulo foi votado apenas pelo ministro relator, Joaquim Barbosa , e pelo revisor, Ricardo Lewandowski.
A sessão de quarta-feira foi marcada por tensão devido a uma nova discussão entre Barbosa e Lewandowski , que divergem sobre vários aspectos da ação. O ministro-revisor concluiu a leitura de seu voto relativo à acusação de lavagem de dinheiro envolvendo as empresas de Marcos Valério, seus sócios e funcionários e o Banco Rural.
Lewandowski votou pela condenação de Kátia Rabello e José Roberto Salgado, ex-presidenta e ex-vice-presidente do Banco Rural, do empresário Marcos Valério e seus sócios, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, além de Simone Vasconcellos , diretora financeira da SMP&B, uma das agências publicitárias do grupo.
Para o revisor, houve provas suficientes nos autos da participação desses réus nas operações descritas na denúncia. Entretanto, Lewandowski votou pela absolvição, por insuficiência de provas, da ex-executiva do Banco Rural Ayanna Tenório, da ex-gerente da SMP&B Geiza Dias, do ex-diretor do Banco Rural, Vinicius Samarane, e de Rogério Tolentino, advogado ligado a Marcos Valério.
Paralelamente, a Corte adiou a definição sobre a possibilidade de realizar sessões extras para julgar a ação. A decisão foi tomada ontem durante almoço entre os ministros. Para eles, é possível tentar soluções que causam menos impactos, como votos mais resumidos, pontualidade no início das sessções, intervalos menos longos e o prolongamento das sessões.
Antes disso, era praticamente certo que o Supremo realizaria sessões extras pela quarta-feira de manhã. Com essa medida, se afastaria a possibilidade do julgamento prolongar-se até meados de novembro, período que será marcado pela aposentadoria do presidente Ayres Britto.
Entretanto, alguns ministros, nos bastidores, manifestam descontentamento com essa medida em virtude do nível de trabalho no Supremo . Um deles é o ministro Celso de Mello, o decano da Corte. Outro contrário às sessões extras, conforme o iG apurou, é Dias Toffoli.
Com Wilson Lima, iG Brasília e Agência Brasil

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