Dia Mundial Sem Carro é marcado por ações pelo uso da bicicleta no Rio


Este sábado foi a data escolhida para a realização o Dia Mundial Sem Carro, iniciativa que pretende levar à reflexão sobre os problemas causados pelo uso intenso de automóveis em todo planeta. Quem já trocou seu carro por uma bike, garante que não se arrepende.
Desde pequeno, o músico Wlad Pinto é apaixonado por bicicletas. Mas apenas há alguns anos, cansado dos intensos engarrafamentos do Rio de Janeiro, resolveu adotar uma como seu principal meio de transporte. Morador de Ipanema, na Zona Sul da cidade, ele não tira mais o carro da garagem para trabalhar ou encontrar os amigos.
"Hoje, com esse trânsito e a falta de estacionamento, a bicicleta é a melhor a opção. Às vezes chego mais rápido do que de carro", disse o músico, que usa um modelo dobrável, facilitando ainda mais a mobilidade. "Vou para shows e entro em restaurantes com ela", contou ao SRZD.
Na capital fluminense, o fim de semana está sendo marcado por ações de organizações não governamentais (ONGs) e movimentos em prol do uso das bicicletas. Nesta sexta, o grupo Rio Eu Amo Eu Cuido instalou bicicletários em formato de carros na Zona Sul e no Centro da cidade. A ideia é mostrar que no espaço de cada veículo cabem sete bikes. "Usar a bicicleta como transporte é um pequeno gesto que faz toda a diferença, além de estar fazendo um bem para a saúde", explicou ao SRZD Ana Lycia Gayoso, integrante do movimento.
Para ela, a data escolhida contribui para deixar o carro na garagem. "Final de semana não combina com trânsito e stress, a bicicleta é uma ótima alternativa", afirmou, lembrando que o grupo não se limita a esta iniciativa. "Temos uma cartilha de pequenos gestos que incentiva o uso consciente da bicicleta e o respeito aos ciclistas", completou.
Ao longo da semana, o movimento Respeite um Carro a Menos também está se mobilizando para estimular o uso das bicicletas. Até este sábado, o grupo faz uma exposição na Pontífice Universidade Católica (PUC-RJ), na Gávea, Zona Sul. Quem passa pelo local é convidado a experimentar formas alternativas de mobilidade.
Ciclistas ainda enfrentam problemas no trânsito carioca
Apesar de ser uma opção saudável e ecologicamente responsável, a bicicleta ainda enfrenta resistência para deixar de ser usada apenas como forma de lazer. O Rio já soma 270 km de ciclovias e ciclofaixas, mas ainda convive com o desrespeito dos motoristas. Para José Lobo, presidente da ONG Transporte Ativo, trafegar de bicicleta em regiões sem a faixa especial seria possível se houvesse uma conscientização.
"A gente nunca vai conseguir ter ciclovias na cidade inteira. As pessoas precisam saber que aquela bicicleta no trânsito não está atrapalhando, mas o ajudando a fluir melhor", explicou. "Capitais como Amsterdã e Copenhague, onde o uso da bicicleta é gigantesco, não têm uma malha muito maior que a nossa. O que acontece lá é que os motoristas são educados", completou Lobo.
* Com informações da Agência Brasil.
SRZD.

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