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Corpo de policial federal é sepultado em Ricardo de Albuquerque



Rio -  O corpo do policial federal aposentado Jonas Climaco da Cunha, 56 anos, foi sepultado na manhã desta segunda-feira, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte. Cerca de 100 pessoas acompanharam o cortejo. Jonas morreu após ser baleado por bandidos durante uma tentativa de assalto neste domingo no Engenho de Dentro. Seu sobrinho, Eduardo Climaco Brittes, de 54, também foi atingido. Ele foi medicado e já recebeu alta. "Ele foi um guerreiro", disse Marinete Climaco da Cunha, de 46 anos, esposa de Jonas.
O caso será investigado pela Divisão de Homicídios (DH). Segundo a polícia, há a suspeita de que os assassinos tenham vindo do Complexo do Lins de Vasconcelos. Um Fiat roubado pela quadrilha durante a fuga foi encontrado próximo a uma via que dá acessoao conjunto de favelas.
Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
Cerca de 100 pessoas acompanharam o cortejo | Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia
O agente estava em seu carro e passava pela Rua Doutor Leal, altura da Ramiro Magalhães, quando foi abordado pelos criminosos, que estavam numa Honda XRE 300. Os bandidos desceram da motocicleta e, cada um por um lado do Crossfox, abordaram o policial.
Quando foi rendido pelo assaltante, Jonas pediu para soltar o cinto de segurança, dizendo que iria sair do veículo. Nesse momento, o policial sacou a pistola calibre 45 que trazia na cintura e começou a atirar.
Houve uma troca de tiros e o ladrão que estava do outro lado do carro começou a atirar. Um dos disparos atingiu a cabeça de Jonas. Eduard, que estava no banco do carona, foi baleado num dos ombros e também na boca. Os bandidos fugiram, deixando a moto. Um deles foi baleado.
Jonas foi levado à UPA do Engenho de Dentro mas, por conta da gravidade de seu ferimento, acabou transferido para o Hospital Souza Aguiar, onde morreu duas horas depois. Eduardo está em observação no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e não corre risco de morrer.
Foto: André Mourão / Agência O Dia
Policiais federais e parentes da vítima em frente ao IML, neste domingo | Foto: André Mourão / Agência O Dia
Jonas e Eduardo estavam no carro do primeiro, um Crossfox vermelho, e haviam ido ao bairro levar um piano até a casa do policial, em Mariópolis. Segundo a família, Jonas colecionava antiguidades. O instrumento estava na picape de Isac César, 53, amigo do ex-agente que seguia à frente.
Após deixar o piano em casa, a vítima iria com amigos a um churrasco, em Nilópolis, na Baixada. “Era um domingo especial. Nós estávamos muito felizes. Mas aí uma situação dessas acontece e muda tudo”, lamentou Isac, amigo de Jonas há mais de 20 anos e também um agente aposentado.
“Ele era um policial. Viu um bandido em ação e reagiu como tal. Infelizmente o resultado foi o pior possível”, concluiu o amigo.
O DIA

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