Prédios históricos de Cabo Frio estão sendo demolidos de forma irregular



Prédios estão sendo derrubados na calada da noite e geralmente nos fins de semana, quando não há fiscalização.





Em Cabo Frio, o problema são as demolições do patrimônio histórico e cultural. Aos poucos, a memória da cidade vai se perdendo. Prédios estão sendo derrubados na calada da noite e geralmente nos fins de semana, quando não há fiscalização.


No ano passado, a antiga casa paroquial foi demolida. O imóvel onde viveu o fotógrafo Wonley Teixeira, também foi destruído e o terreno está abandonado. Agora, no início do mês, mais uma casa histórica no centro de Cabo Frio foi colocada abaixo e sem nenhuma autorização.


Prédios que falam dos 396 anos de Cabo Frio. Na passagem surgiram as primeiras construções, como a Igreja São Benedito. Heranças da história e da cultura que ajudaram formar um dos balneários mais bonitos da Região dos Lagos. Na cidade, por lei, imóveis com mais de 50 anos só podem ser demolidos com autorização do IMUPAC, o Instituto do Patrimônio Artístico Cultural do município.


Mas nem sempre a lei é o suficiente para proteger o patrimônio da cidade. Uma casa construída no início do século passado foi demolida de forma irregular pela madrugada.


Foi no início do mês, no terreno, nada ficou de pé, a casa era de 1927. A demolição havia sido autorizada, desde que a fachada fosse preservada. A multa para os proprietários foi de cerca de R$ 1200.


Foi durante a madrugada também que a antiga casa paroquial da igreja matriz foi demolida, no dia 12 de fevereiro do ano passado, sem autorização. A justiça determinou que o imóvel fosse refeito tal como era. Mas até agora, nada.


A antiga residência de Wonley Teixeira, o fotógrafo de Cabo Frio, está quase destruída. É uma das últimas casas centenárias do centro da cidade. E virou depósito de lixo. Mesmo com tanta sujeira, um homem usa o lugar para dormir.


A demolição da casa foi autorizada pelo IMUPAC, mas até hoje, ninguém sabe o que será feito no local. Mais do que símbolos para a cidade, preservar é resgatar a própria história, e dividir conhecimento.


A assessoria da paróquia de Cabo Frio informou que a assessoria jurídica poderia falar sobre o assunto, não conseguiu contato com nenhum dos advogados. A prefeitura de Cabo Frio disse que ainda não fez a limpeza na casa do fotógrafo Wonley porque precisa da autorização do proprietário, que também não foi localizado.

do RJ INTER TV 1ª Edição


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