Empresa WSJ do milionário Eike Batista lança mau agouro sobre o pré-sal


WSJ lança mau agouro sobre o pré-sal


Fonte: 247

MAIOR JORNAL ECONÔMICO DOS EUA QUESTIONA RIQUEZA DO PRÉ-SAL, VALENDO-SE DA QUEDA DAS AÇÕES DE EIKE BATISTA E DA REVISÃO DE METAS DA PETROBRAS, DE GRAÇA FOSTER; "POR QUE O PETRÓLEO BRASILEIRO DEMORA A PEGAR FOGO?", QUESTIONA O JORNAL


 A euforia gerada pelo pré-sal "sucumbiu à realidade", na avaliação do Wall Street Journal. No artigo "Por que o petróleo brasileiro demora a pegar fogo", publicado nesta segunda-feira, o jornal se baseia no valor das ações de Petrobras e OGX, do empresário Eike Batista, para dizer que os "investidores brasileiros têm descoberto que os recursos naturais do pré-sal não significam exatamente dinheiro na mão". A crítica chega numa hora em que a Era Lula começa a ser revista, a partir das críticas da presidente da Petrobras, Graça Foster, sobre as "metas não-realistas" da estatal durante os primeiros oito anos do governo petista.
O jornal norte-americano destaca que os papéis da Petrobras estão hoje no mesmo patamar que estavam em outubro de 2006 e que as ações da OGX perderam dois terços do seu valor de mercado desde 2008. Ainda segundo o artigo, as duas empresas diminuíram suas estimativas de produção e estão precisando investir mais do que o previsto há seis anos, quando começaram a surgir as primeiras notícias sobre as "vastas reservas de petróleo cobertas por uma grossa camada de sal na costa brasileira".
Na avaliação de Roger Tissot, um consultor de energia especialista em América Latina, o Brasil superestimou seu potencial petrolífero. "A política do governo limita a implantação de capital estrangeiro e a especialização, retardando o desenvolvimento e aumentando os custos", diz o especialista. O Wall Street Journal critica as exigências feitas pelo governo (de que investimentos tenham aproveitamento local) e atribui a elas a ineficiências nos gastos, que aumentam o custo de produção por barril.
Outro analista, Matt Portillo, do banco de investimentos Tudor, Pickering, Holt & Co., disse ao jornal que empresas estrangeiras envolvidas na descoberta das reservas do pré-sal têm sido um melhor investimento e conseguiram se beneficiar do entusiasmo criado, inclusive com a venda de participações no negócio para outras empresas.
O jornal citam como exemplo, ações de empresas colombianas do setor tiveram um desempenho "bem melhor que os rivais brasileiros". A indústria do petróleo do país vizinho cresceu 6,5% por ano desde 2003. Esse aumento coincidiria, na avaliação do Wall Street Journal, com novas políticas para encorajar o investimento estrangeiro em petróleo e gás.

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