Jovens fazem protesto em frente a casa do militar que provavelmente teria torturado Dilma
























Manifestantes pedem punição aos autores de crimes na ditadura em frente ao prédio onde vive militar acusado de torturar a presidente DilmaO GLOBO / MICHEL FILHO
Cerca de 80 pessoas protestaram nesta segunda-feira diante do prédio onde mora o tenente-coronel reformado Maurício Lopes Lima, no Guarujá, litoral de São Paulo. Lima participou da Operação Bandeirante e foi um dos militares que fizeram a prisão da então guerrilheira Dilma Rousseff. Ele é suspeito de ter torturado a presidente e outros presos políticos. A manifestação foi organizada pelo Levante Popular da Juventude.
O Ministério Público Federal já move ação civil pública contra o militar em razão da morte de Virgílio Gomes da Silva, um dos sequestradores do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em 1969. O tenente-coronel de reserva nega as torturas e a morte de Virgílio.
Os jovens saíram de São Paulo por volta das 7h30 em dezenove carros rumo ao Guarujá. Diante do prédio do militar, eles tocaram tambores, cantaram músicas, gritaram palavras de ordem e fizeram encenações de torturas que teriam ocorrido nos porões da ditadura. Chamada de comissão de ornamentação, um grupo de jovens pichou a calçada de prédio com os dizeres: “Aqui mora um torturador”.
Também foram colocadas faixas de denúncia. Uma delas dizia que Lima teria torturado a presidente Dilma. Sozinho em seu apartamento, o militar não respondeu ao protesto.
- Sob a aparência de um senhor aposentado se esconde um monstro que assassinou camaradas, trabalhadores e estudantes e hoje está aqui desfrutando a boa vida - disse um dos organizadores do evento.
O Levante tem a participação de estudantes universitários e jovens ligados a movimentos sociais.

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