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Guerra de informação já põe fogo em campanha no Rio Notícia de que DEM dos Maia estaria planejando fusão com PMDB de Paes sacode a capital


POR MARCOS GALVÃO
Rio -  ‘A política é como a nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. A frase é do ex-governador de Minas Gerais Magalhães Pinto e muitas vezes cai como uma luva no cenário político brasileiro. Valendo-se disso, tem gente no Rio de Janeiro que já está querendo fazer valer a máxima da velha raposa mineira, e, a cinco meses das eleições municipais, a guerra da contra-informação sobre a movimentação de partidos está a pleno vapor.
A batalha de bastidores tem como pano de fundo a informação de que o DEM estaria negociando uma fusão nacional com o PMDB, partido do prefeito Eduardo Paes, que vai tentar a reeleição. Um político do PMDB fluminense, por exemplo, disse que foi consultado sobre a fusão e garantiu ao interlocutor que no Rio, a seu ver, não haveria problemas.
Democratas rebatem a hipótese com veemência e atribuem a informação a uma tentativa de enfraquecer, no Rio, a aliança entre o ex-prefeito Cesar Maia (DEM) e o deputado federal Anthony Garotinho (PR), sacramentada na candidatura dos filhos Rodrigo Maia, a prefeito, e Clarissa Garotinho, a vice.
“A hipótese de isso acontecer é zero. O PMDB tenta nos enfraquecer porque somos uma ameaça para eles”, diz Rodrigo Maia, enfático.
O deputado federal Otavio Leite, que também postula a Prefeitura do Rio, tenta separar o joio do trigo, mas acaba colocando mais lenha na fogueira. “Já ouvi essa conversa emBrasília. Para mim, não seria novidade. O DEM agora está fragilizado”, diz ele, deixando claro que no Rio tucanos e democratas são inimigos. Não é o caso na política nacional, onde os dois partidos fazem parte da base oposicionista ao governo, com acordos já costurados para as prefeituras de Salvador (BA), com a candidatura de ACM Neto (DEM), e de São Paulo (SP), com José Serra (PSDB).
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), também na disputa para desbancar a reeleição de Paes, diz que não tem elementos para dizer se a fusão é boato ou verdade, mas explica que a tática da contra-informação não é novidade. “O jogo político é sujo. O DEM está enfraquecido e a onda de boato gera crise no adversário. Só acho pouco provável que isso aconteça antes das eleições”, diz. Cesar Maia é curto e claro: “Com o PMDB nunca! É nosso antagônico, responsável por desastres administrativos e éticos no Rio.”
Quem viver verá
FONTE: O DIA 

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