MARQUINHO MENDES DRIBLA A IMPRENSA E COMPARECE A POLÍCIA FEDERAL

Prefeito da cidade de Cabo Frio, Marcos da Rocha Mendes durante Sessão da Câmara de Cabo Frio para empossar os vereadores, Janeiro de 2017, (Foto para ilustração do texto).  

Após o prefeito Marquinho Mendes ter sido intimado a depor no último dia 14 de Dezembro de 2017, na Delegacia da Polícia Federal de Macaé sobre a operação Basura que investiga contratos inrregulares e o desvio de aproximadamente 60 milhões da "Comsercaf", autarquia responsável pela limpeza e manutenção da cidade de Cabo Frio.  Quando na época compareceu apenas o advogado de defesa com uma justificativa ainda não bem esclarecida por contrariedade de informações.

Usando meios que o tornaram invisível aos olhos da imprensa.  Segundo o Jornal Folha do Lagos o prefeito Marquinho Mendes compareceu, ontem quarta-feira (10) na sede da Polícia Federal, para prestar o seu depoimento. Permanecendo cerca de duas horas, na condição de testemunha, sendo ouvido pelo delegado responsável pelo caso, Felício Laterça. 

Segue abaixo a fala do prefeito Marquinho Mendes conforme postagem do Jornal, Folha dos Lagos:

"Prestei todos os esclarecimentos sem o menor problema. Tudo o que ele perguntou em relação ao processo eu respondi. Não teria nada a esconder. Tenho a consciência tranquilo porque não devo nada". 

Ressaltou a Folha dos Lagos: Marquinho disse ainda ter esclarecido o suposto desvio de R$ 60 milhões na autarquia. Ao termino da postagem que transcrevia a fala do prefeito. O Jornal informou que a reportagem não conseguiu entrar em contato com o delegado.  

Vamos relembrar os motivos levaram a Polícia Federal desencadear a operação "Basura"? 


O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), e a Polícia Federal, realizaram no dia 5 de dezembro a operação Basura – lixo, em espanhol – para cumprir quatro mandados de prisão contra o presidente da Comsercaf, um ex-policial militar e dois empresários da região. 

O grupo foi denunciado pelo MPRJ pela prática de crimes de organização criminosa, fraude em licitação e peculato. Além dos quatro que tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Foram denunciando outros 12 envolvidos no esquema, entre servidores e laranjas. A operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão. De acordo com a denúncia, o presidente da Comsercaf, Cláudio de Almeida Moreira, seria o líder da organização criminosa. Segundo o MPRJ, ele controlaria todas as contratações realizadas pelo órgão, incluindo de funcionários e de empresas fornecedoras de equipamentos e serviços terceirizados.

Segundo a denúncia, Claudio Moreira celebrou, ao longo de 2017, diversos contratos com dispensa indevida de licitação, sob a falsa motivação de emergência, para terceirização de serviços de coleta de resíduos sólidos, varrição, capina e limpeza urbana no Município de Cabo Frio. Além disso, de acordo com as investigações, alguns contratos foram fracionados para permitir o enquadramento na modalidade de carta convite e favorecer empresários ligados à organização criminosa. Para o MPRJ, na maioria dos casos, as empresas contratadas sequer possuem condições técnicas e pessoal o suficiente para cumprir os serviços, e servem exclusivamente como “fachada” para o desvio do dinheiro público.

Uma destas empresas, a Prime Serviços Terceirizados, foi contratada sem licitação pela Comsercaf por quase R$ 3 milhões por mês, para prestar o serviço de coleta de lixo no Município. Segundo as investigações, a empresa está registrada em nome de um laranja, que nem mesmo mora no Brasil. 

Cláudio Moreira foi solto por habeas corpus no último dia 10. Em sua decisão para conceder a liberdade a Cláudio Moreira, expedida no último sábado, o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) Fernando Antônio de Almeida disse não ter vislumbrado a ‘real necessidade’ da prisão do ex-presidente da Comsercaf, em 5 de dezembro do ano passado, durante a Operação Basura, da Polícia Federal. Como justificativa, o magistrado alegou na sentença que Cláudio Moreira é réu primário, com residência fixa e tem profissão definida, além de ser cabo da Polícia Militar. 

Por esse raciocínio, o desembargador manifestou que a prisão preventiva determinada pelo juiz Vinícius Marcondes de Araújo, da 1ª Vara Criminal de Cabo Frio, só deveria ter sido decretada como ‘última opção’.

Fonte: Jornal Folha dos Lagos. 

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