ÚLTIMAS NOTÍCIAS SOBRE AS VÍTIMAS DO TIROTEIO DO COLÉGIO GOYAZES EM GOIÂNIA

Alunos se abraçam em frente o colégio Goyazes, ( Foto Cleomar Almeida Folhapress).


O estudante de 13 anos que estava internado após ser baleado por um colega de classe no Colégio Goyazes, em Goiânia, recebeu alta na manhã deste domingo (22). O boletim médico foi divulgado por volta das 9h pelo Hospital de Urgências da cidade, onde outras duas vítimas seguem internadas.

Até ontem, uma das meninas estava em estado grave, com os dois pulmões perfurados e respirando com ajuda de aparelhos. A pedido das famílias, as informações sobre o estado de saúde dela e de outra menina ferida não serão mais divulgadas pelo hospital. Uma quarta vítima se recupera bem no Hospital de Acidentados. Ela sofreu um tiro no punho.

Na manhã de sexta-feira (20), um adolescente de 14 anos, filho de um policial militar, abriu fogo contra colegas em sala de aula matando dois e deixando quatro jovens feridos, um deles em estado gravíssimo. De acordo com as investigações, ele agiu motivado por bullying e disse ter se inspirado nos casos de Columbine, nos Estados Unidos, e Realengo, no Rio de Janeiro, em que atiradores também abriram fogo dentro de escolas.

O adolescente autor do ataque teve a internação provisória por 45 dias determinada pela Justiça na noite de ontem. Apesar da juíza Maria Moreno Senhorelo, que estava de plantão, ter determinado que o jovem fosse encaminhado imediatamente para o Centro de Internação Provisória de Goiânia, o destino dele é incerto devido à falta de um local onde possa permanecer isolado.

Pai de autor dos disparos em escola está 'sem chão'.

Sem chão, transtornado, perplexo são adjetivos usados pelo tenente-coronel Marcelo Granja, assessor de imprensa da Polícia Militar, para descrever o estado de espírito do pai do adolescente que atirou em colegas no Colégio Goyases, nesta sexta-feira (20), matando dois e ferindo outros quatro alunos.

Tanto o pai quanto a mãe do jovem, que teve a internação temporária decretada neste sábado (21), são militares em Goiânia, onde ocorreu o atentado. O pai é major. "Eu liguei e falei como amigo, não como policial. Ele agradeceu e disse que está sem chão, que não imaginava uma situação dessas. Disse que não sabe como vai ser a partir de agora. Está muito transtornado e perplexo", disse ao G1.

Granja contou que, coincidentemente, na manhã do crime estava estava com o colega em um congresso. "Por volta de 11h, nos despedimos e fomos almoçar, cada um em um local. Menos de uma hora depois, fiquei sabendo. Quando cheguei à escola, ele já estava lá". Os dois militares serão ouvidos pela Corregedoria da Polícia Militar nesta semana. A arma do crime, uma pistola .40, pertencia à mãe do menino.

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