Polícia prende quadrilha que praticava sequestro - relâmpago no Fundão



Um detento de Bangu II ligava para famílias para pedir pagamento de resgate.
Entre as vítimas do grupo estão funcionários e estudantes da UFRJ.

  A polícia prendeu uma quadrilha que praticava assaltos e sequestros- relâmpago na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro, conforme mostrou o RJTV. Entre as vítimas dos criminosos estão funcionários e estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nas primeiras semanas de maio, três crimes desse tipo foram registrados no Fundão.

De acordo com a polícia, o chefe da quadrilha foi preso em março. Conhecido como Paulista, Josuel da Cruz Silva já responde por roubo, receptação e porte de arma. Na delegacia, ele confessou ter ligação com o tráfico e participação nos sequestros.
Os outros presos são Jeremias de Castro Lima, de 24 anos, e Rafael Pereira Alves, de 21. Um detento do presídio Bangu II, já condenado a mais de 50 anos de prisão, também fazia parte da quadrilha. Ivanir Rodrigues Manso era o responsável por ligar de dentro da cela para cobrar o resgate das famílias das vítimas.
Um outro integrante da quadrilha foi morto do fim de janeiro pelo chefe do tráfico no Parque Paulista, enquanto Juscelino Souza de Oliveira, conhecido como Sorriso, segue foragido. Ivanir Rodrigues Mansou negou participação nos crimes. Já Rafael Alves, não apresentou defesa. Os outros suspeitos confessaram os crimes.
"Com certeza a quadrilha já está desbaratada. O Sorriso já sabe que é a bola da vez, não vai ficar dando mole por aqui", disse o delegado Cláudio Gois. A polícia pede que quem tenha informações sobre o paradeiro de Sorriso ligue para o Disque-Denúncia.
De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), no primeiro trimestre de 2012 foram registrados 15 casos de sequestros-relâmpago na 37ª DP (Ilha do Governador), que é responsável pela Ilha do Fundão. O número de crimes aumentou cinco vezes em relação ao mesmo período do ano passado.
Investigações
A quadrilha começou a ser investigada depois que uma funcionária do Hospital do Fundão foi abordada quando chegava para trabalhar. Na ocasião, três homens entraram no carro e a levaram até o bairro Parque Paulista, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A vítima foi obrigada a passar a senha do cartão, assinar cheques e entregar objetos de valor. No mesmo dia, o irmão da mulher começou a receber telefonemas pedindo o pagamento de resgate.
“Tiraram tudo o que ela tinha no banco e depois ligaram para a família pedindo R$ 10 mil para devolvê-la”, explicou o delegado.

Na semana passada, o delegado Cláudio Gois foi visto deixando uma casa de prostituição em Copacabana, na Zona Sul. O agente Celso Diógenes dos Anjos, da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), também estava no local e era suspeito de fazer a segurança do dono da casa.
Segundo as investigações, os criminosos agiam principalmente no Fundão. Alguns crimes também aconteciam na Rodovia Washington Luís, perto do Hospital de Saracuruna, na Baixada Fluminense.
No entanto, nesta terça-feira (22), Gois revelou que a presença deles no local fazia parte da investigação e da tentativa de capturar Sorriso.
Policiamento reforçado
Desde fevereiro, o policiamento está reforçado na Ilha do Fundão. A medida surtiu efeito nos meses de março e abril. De acordo com a Polícia Militar, PMs vão intesificar as blitzes no Fundão.
"Hoje nós temos todas as saídas da Ilha do Fundão cobertas com operações da Polícia Militar. Também temos o reforço no patrulhamento das vias internas do Fundão", explicou o comandante do 17º BPM (Ilha do Governador), coronel Ezequiel de Mendonça.
Já a UFRJ informou que vai fechar as saídas da Ilha do Fundão em determinados horários. Segundo Ivan Carmo, prefeito da UFRJ, as saídas para a Linha Amarela e para a Ponte do Saber passam a funcionar a partir das 12h.

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