PLANALTO TEME MANOBRA DE CUNHA POR IMPEACHMENT





Mesmo depois de dar sete ministérios ao PMDB, inclusive a deputados ligados a Eduardo Cunha, a presidente Dilma Rousseff e seu núcleo político ainda temem possibilidade de o presidente da Câmara dar seguimento aos pedidos de impeachment; formulado pelo ex-petista Hélio Bicudo, o principal pedido continua na mesa do presidente de Cunha; é provável que ele também rejeite esse pedido, mas aí é que está o perigo; numa possível manobra já articulada, a oposição, em seguida, recorreria ao plenário para que a maioria dos deputados desse a palavra final sobre o assunto; seria possível assim abrir o processo de impeachment e afastar Dilma da Presidência sem vincular Cunha diretamente à iniciativa.


Fonte: Jornal 247.

Mesmo depois de dar sete ministérios ao PMDB, inclusive a deputados ligados a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a presidente Dilma Rousseff e seu núcleo político ainda temem possibilidade de o presidente da Câmara dos Deputados dar seguimento aos pedidos de impeachment que tramitam na Casa.

O Planalto tem receio de que Cunha deixe avançar os pedidos de impeachment na tentativa de desviar o foco dele, que é acusado de ter na Suíça aproximadamente US$ 5 milhões em contas até então secretas, provenientes de propina, segundo o Ministério Público suíço. A investigação contra o peemedebista faz parte da Operação Lava Jato.

Para o núcleo duro do governo, as acusações contra o presidente da Câmara tiram força do movimento pró-impeachment, mas o Planalto prevê que Cunha vai insistir em deflagrar o processo, com objetivo de criar uma cortina de fumaça que o ajude a se defender das denúncias.

Eduardo Cunha recebeu 19 pedidos de impeachment desde fevereiro e já engavetou 11 até a semana passada. Cabe a ele decidir se os pedidos serão analisados pelos deputados.

Formulado pelo ex-petista histórico Hélio Bicudo, o principal pedido continua na mesa do presidente da Câmara. É provável que Cunha também rejeite esse pedido, mas aí é que está o perigo. Numa possível manobra já articulada, oposição, em seguida, recorreria ao plenário para que a maioria dos deputados desse a palavra final sobre o assunto. Seria possível assim abrir o processo de impeachment e afastar Dilma da Presidência sem vincular Cunha diretamente à iniciativa.

Para deixar o clima mais tenso, o Tribunal de Contas da União (TCU) pode rejeitar as contas do governo referentes a 2014 na próxima semana. O presidente da corte, ministro Augusto Nardes, praticamente já disse à imprensa que seu voto será pela rejeição, e que o TCU 'pode fazer história'.

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