DEPUTADO FEDERAL LEONARDO PICCIANI (PMDB-RJ) VIRA CACIQUE E PODE VOAR AINDA MAIS ALTO



Na mesma semana em que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teve contas secretas atribuídas a ele bloqueadas na Suíça, petistas e peemedebistas passaram a traçar cenários para o dia seguinte a uma possível queda de Cunha; nesse contexto, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ)  passaria a ser um personagem crucial para trazer de volta a governabilidade à presidente Dilma, podendo vir a ser o próximo presidente da Câmara; líder da bancada peemedebista, Picciani tem se distanciado de Cunha e se aproximado do governo; suas articulações renderam ao seu partido duas pastas na reforma ministerial – a da Saúde e a da Ciência e Tecnologia.


Fonte: Jornal 247.

Na mesma semana em que o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teve contas secretas atribuídas a ele bloqueadas na Suíça, petistas e peemedebistas passaram a traçar o cenário para o dia seguinte a uma eventual queda de Cunha. Nesse contexto, o deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) passaria a ser um personagem crucial para trazer de volta a governabilidade ao governo Dilma Rousseff, pois não é hostil à presidente, conforme o Palácio do Planalto.

Picciani foi eleito líder do PMDB com apoio de Cunha, mas tem se distanciado de seu correligionário e se aproximado do governo, movimento que se aprofundou durante as negociações para a reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma na semana passada.

As articulações de Picciani renderam dois ministérios à bancada do PMDB na Câmara Federal. O parlamentar indicou os novos ministros da Saúde e da Ciência e Tecnologia, os deputados Marcelo Castro (PMDB-PI) e Celso Pansera (PMDB-RJ). Picciani também afirmou, na sexta-feira (2), estar convicto de que os parlamentares do Congresso Nacional manterão os vetos da presidente Dilma. Entre os vetos a serem analisados está um que trata do reajuste de até 78,6% para servidores do Judiciário. Se esse veto for derrubado, o governo estima um impacto de R$ 36 bilhões nas contas públicas até 2019.

Apesar de afirmar não haver discussão acerca da sucessão de Cunha, o peemedebista disse que tentar a presidência da Casa é um "caminho natural", mesmo que seja em 2017, quando haverá nova disputa pelo comando da Câmara. "Não é o momento de se falar em candidatura (a presidente da Câmara). Isso vai acontecer com o tempo, naturalmente", disse o congressista.

Passo a passo

Para ganhar mais credibilidade rumo à sucessão na Câmara, além da prova concreta sobre recebimento de propina por parte de Cunha, interlocutores avaliaram que Picciani precisa avançar mais, porém já está "construindo etapas". O primeiro passo será a sua recondução à liderança do partido na Casa em 2016.

Mas o peemedebista ainda tem um desafio: administrar uma divisão na bancada, que ficou mais evidente na semana passada, quando 22 dos 66 deputados peemedebistas manifestaram, em nota, posição contrária à ocupação de ministérios pelo partido.

Interlocutores dizem que Picciani também precisará contornar a insatisfação de membros do bloco de 150 deputados formado por PMDB, PTB, PP, PHS, PSC e PEN. De acordo com um dos líderes do grupo, nas bancadas desses partidos fala-se em retirar do parlamentar a liderança do bloco em razão da postura de “só dizer amém ao governo”. “Ele se fortaleceu diante da bancada. Na Casa, é um segundo momento”, disse o deputado Carlos Marun (PMDB-MS). 

Seja como for, Picciani parece estar pronto para alçar voos mais altos.

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