BEBÊS TOMAM BANHOS EM "OFURÔ" NO HOSPITAL DAS CRIANÇAS


Técnica além de relaxa proporciona sensações do útero

A partir de agora, todos os bebês que nascem no Hospital Municipal da Mulher, em Cabo Frio, são submetidos a uma técnica que transmite as mesmas sensações do útero da mãe. O banho de ofurô serve para que os recém-nascidos se adaptem mais rapidamente ao novo mundo. Segundo a enfermeira Erica Nunes de Andrade, responsável pelo treinamento da equipe, a técnica consiste em um banho num balde, com a temperatura da água entre 36°C e 37°C. 

A técnica, criada em maternidades da Holanda, torna o banho um momento prazeroso, de relaxamento, melhorando o choro, a agitação, a insônia e também as temidas cólicas. Como a área de superfície da água é bem reduzida, não esfria tão rapidamente, deixando os pais e os bebês com mais tempo para aproveitar o banho. 

– Além de acalmá-los, a técnica proporciona muitos benefícios. Alivia cólicas, proporciona um sono mais tranquilo e ele fica menos suscetível às prisões de ventre – conta a enfermeira.

A filha de Flaviane dos Santos Alves, que nasceu na maternidade, foi uma das primeiras a serem submetidas ao banho.

– Fiquei muito feliz em ver minha filha calma. Ela não chorou durante o banho – conta a mãe de primeira viagem.

A tia da menina, Thainá Lopes Mariano, que também acompanhou o banho, foi só elogios à nova técnica.

– A bebê ficou muito calma, fiquei surpresa como ela relaxou e gostou – disse.

A técnica começou a ser utilizada no Hospital da Mulher essa semana. A sensação de voltar para o útero materno, faz com que o bebê relaxe. O ideal é que seja colocado ¼ de água no balde porque quando o bebê senta, a água sobe e é preciso ficar atento para que o líquido não ultrapasse a altura do peito para não existir riscos de afogamento. O balde deve ter bordas arredondadas e não deve ser utilizado para outros fins.

- O banho relaxa tanto os bebês que precisamos apoiar a cabecinha deles. O efeito é imediato. Eles chegam a dormir, como você pode ver – diz a enfermeira. 

Segundo especialistas, a partir do sexto mês de gestação os bebês desenvolvem a memória, e até os nove meses de vida, serão capazes de recordar as sensações intrauterinas. Quando colocado em contato com a água em uma banheira normal, logo irá recordar de quando estava no útero materno, contudo não reconhecerá a posição fetal e o ambiente protegido, aquecido e escuro em que costumavam ficar, o que poderá ser motivo de insegurança, estresse e até cólicas após o banho.

- Muitas vezes, o bebê enrijece e retorce o corpo, fecha as mãos e chora. Esse momento que deveria ser agradável, torna-se estressante, tanto para o bebê quanto para os pais – alerta a médica Rosalice Almeida, diretora do Hospital da Mulher.
O banho de ofurô pode ser dado desde os primeiros minutos de vida, ainda na sala de parto, até seis meses de idade, ou até quando o bebê ainda couber dentro do ofurô e não conseguir ficar em pé. 

- A mãe também não pode deixar o bebê sozinho; ela deve segurar a cabecinha dele enquanto dá o banho. A água deve ser morna e o local para colocar o balde deve ser seguro – aconselha a médica. 

Texto: Alexandra de Oliveira | Assessoria de Imprensa da Secretaria Municipal de Saúde
Fotos: Til Santos


Comentários

VEJA AS DEZ POSTAGENS MAIS VISITADAS NOS ÚLTIMOS 7 (SETE), DIAS