APÓS DIVULGAÇÃO DO BALANÇO PETROBRAS VIRA PARA ALTA DE 5% APÓS CAIR 9% NA BOLSA



Depois de um início bastante negativo da Petrobras, ações amenizaram perdas e destravaram o Ibovespa, que opera pelo segundo pregão em alta; ações da estatal chegaram a cair 9,37% na mínima do dia, mas viraram para alta de 5%, um dia após a divulgação do balanço que registrou prejuízo de R$ 21,6 bilhões no ano passado.


Por: Paula Barra / Jornal 247.

SÃO PAULO - Depois de um início bastante negativo da Petrobras, as ações amenizaram as perdas nesta manhã, destravando o Ibovespa que opera pelo segundo pregão em alta. O mercado deixa para trás um cenário negativo externo nesta quinta-feira. Ajudava a impulsionar o índice também os papéis das siderúrgicas. A Usiminas divulgou nesta manhã seu balanço do primeiro trimestre que foi bastante elogiado pelos analistas. Além delas, as ações da Vale seguem em fortes ganhos em meio à alta do preço do minério e relatório de produção divulgado ontem. Confira abaixo os principais destaques da Bolsa nesta sessão, segundo cotação das 16h01 (horário de Brasília):

Petrobras (PETR3, R$ 13,99, +5,11%; PETR4, R$ 12,92, -1,68%) As ações PN da Petrobras chegaram a cair 9,37% na mínima do dia, mas amenizaram fortemente as perdas ao longo da manhã e sustentam o movimento nesta tarde. Da mínima do dia até agora, os papéis já subiram 7,5%. Em destaque, está a repercussão da divulgação dos números de 2014, com os papéis PN registrando perdas mais expressivas, enquanto os ordinários oscilam. Os ativos PETR3, que chegaram a cair 6,39%, amenizaram e agora sobem, após oscilarem entre ganhos e perdas.

A estatal teve um prejuízo de R$ 21,6 bilhões no ano passado, segundo balanço auditado, após contabilizar perdas de R$ 6,2 bilhões por corrupção e reduzir em mais de R$ 44 bilhões o valor de seus ativos. Este é o primeiro prejuízo da companhia desde 1991. A empresa, no centro da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, não pagará dividendos referentes ao exercício de 2014 para preservar caixa, mesmo tendo mais de 100 bilhões de reais em reservas de lucros no fim de dezembro.

"Tudo isso nos deixa com a impressão de que a Petrobras irá continuar a ser 'mais do mesmo': fará apenas o necessário para garantir liquidez e recursos para executar investimentos, mas sem nenhuma urgência para alcançar fluxo de caixa livre positivo ou retornos elevados", disseram os analistas Andre Sobreira e Vinicius Canheu, do Credit Suisse, em relatório a clientes.

O UBS salientou que o não pagamento de dividendos é muito negativo para as ações preferenciais da Petrobras, mas positivo para as ordinárias. "Isso, no entanto, já está mais do que refletido na diferença de preços entre preferenciais e ordinárias", disse a analista Lilyanna Yang, do UBS, em nota a clientes.

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