MERCADANTE: 'O CANDIDATO DO PT EM 2018 É O LULA COMO FICA?
Apontado como um superministro que teria pretensões
presidenciais daqui a quatro anos, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio
Mercadante, fez questão de afastar essa hipótese logo na largada do segundo
governo Dilma; "Ele é o meu candidato, sempre foi. Não tem essa discussão
no PT. Quem está no coração da militância do PT é Lula. Eu não tenho essa
pretensão e não está no meu horizonte'', disse ele; "Já estou chegando
numa fase da vida em que dediquei tudo que podia para fazer o melhor para vida
pública e para o país"; definição precoce do candidato atormenta a
oposição e reduz o risco de fogo amigo dentro do PT.
Fonte: Jornal 247
O ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, deu uma
importante declaração à jornalista Andréia Sadi, da Folha de S. Paulo, que está
publicada na edição deste domingo (leia mais aqui). Apontado como um superministro que teria
pretensões presidenciais daqui a quatro anos, ele fez questão de afastar essa
hipótese logo na largada do segundo governo Dilma. O candidato, diz ele, é o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Ele é o meu candidato, sempre foi. Não tem essa
discussão no PT. Quem está no coração da militância do PT é Lula. Eu não tenho
essa pretensão e não está no meu horizonte'', disse ele.
Mercadante também afirmou ter outro tipo de
ambição. "Já estou chegando numa fase da vida em que dediquei tudo
que podia para fazer o melhor para vida pública e para o país. Serei avô pela
segunda vez na próxima semana, quero ter a chance de viver com meus netos o
tempo que não pude viver com meus filhos''.
Essa definição precoce de Lula como candidato é importante
para o PT e para a paz interna do próprio governo Dilma. Com o nome já
escolhido, reduz-se o risco de fogo amigo e de disputas entre ministros, como
aconteceu, na primeira administração de Lula, entre dois potenciais candidatos:
José Dirceu e Antonio Palocci. Foi exatamente por isso que o presidente
nacional do PT, Rui Falcão, lançou o nome de Lula logo após a vitória de Dilma
no segundo turno.
A candidatura de Lula, que hoje apareceria em primeiro lugar
em qualquer pesquisa, também muda a relação com a oposição. Ao criar a
perspectiva real de vinte anos de PT no poder, pode forçá-la a buscar novos
caminhos, com a adoção de novas políticas públicas, especialmente no campo
social. Até porque o discurso udenista, usado nas últimas eleições, não
funcionou.
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