GLOBO ELEGE SERGIO MORO O BRASILEIRO DO ANO EM 2014
Jornal dos
irmãos Marinho elege o juiz paranaense Sergio Moro, que conduz a Operação Lava
Jato, como a personalidade de 2014; numa solenidade no Rio, ele irá receber em
breve o prêmio "Faz Diferença", concedido pela publicação, o mesmo
que foi entregue ao então ministro Joaquim Barbosa, à época do julgamento da
Ação Penal 470; embora seja bem mais discreto do que Barbosa, Moro percorre o
mesmo caminho, que transforma juízes em celebridades; jurados foram os
jornalistas Merval Pereira, Miriam Leitão, Ascânio Sêleme, Ancelmo Gois e Aluzio
Maranhão, do Globo, além do presidente da Federação Industrial do Rio de
Janeiro, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira
Fonte: Jornal 247
Dois anos atrás, foi Joaquim
Barbosa. Agora, é a vez de Sergio Moro. Se em 2012, o então ministro Joaquim Barbosa,
que conduzia, no Supremo Tribunal Federal, o julgamento da Ação Penal 470, foi
eleito pelo jornal O Globo como personalidade do ano, o troféu será passado
agora ao juiz paranaense, responsável pela Lava Jato.
Embora Moro
seja bem mais discreto do que Barbosa, ele receberá, em breve, no Rio de
Janeiro, o troféu "Faz Diferença" das mãos de João Roberto Marinho,
editor-responsável pelo jornal O Globo, que, nos últimos anos, tem se
notabilizado pela oposição ferrenha aos governos petistas. Moro foi escolhido
numa eleição que teve como jurados os jornalistas Merval Pereira, Miriam
Leitão, Ascânio Sêleme, Ancelmo Gois e Aluzio Maranhão, do Globo, além do
presidente da Federação Industrial do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Gouvêa
Vieira.
A questão
que se coloca, com o prêmio, é se a transformação de juízes em celebridades ou
"heróis nacionais" não contribui para decisões menos técnicas
– e,
eventualmente, mais populistas, em prejuízo do direito de defesa. Executivos de
construtoras, por exemplo, estão presos há mais de dois meses, sem que tenham
sido sequer condenados em primeira instância, embora o ordenamento jurídico
brasileiro garanta aos réus primários o direito de se defender em liberdade e a
presunção de inocência.
Para a
reportagem de Cleide Carvalho sobre o prêmio, publicada neste sábado, Moro,
aparentemente, não concedeu entrevista. Há apenas uma aspa atribuída a ele.
"Não sou o Christopher Reeve (ator que interpretou o Super-Homem), mas eu
não minto", teria dito ele a interlocutores, quando questionado sobre os
frequentes vazamentos da Operação Lava Jato.
Para O Globo, Moro já é bem mais do que
Christopher Reeve
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