COMO MILHARES DE PESSOAS NO MUNDO INTERIOR O BLOG ALVARO NEVES "O ETERNO APRENDIZ", ENCERRA SEUS AFAZERES DESTA HORRENDA TERÇA-FEIRA DIZENDO" JE SUIS CHARLIE, (EU SOU CHARLIE)"
Vários milhares de
pessoas juntaram-se hoje ao final da tarde na praça da República, em Paris, em homenagem
às vítimas do ataque contra o semanário satírico Charlie Hebdo, que fez 12
mortos.
A concentração, convocada por vários sindicatos, associações,
'media' e partidos políticos, os participantes começaram a juntar-se a partir
das 17:00 (16:00 TMG e Lisboa) na praça da República, no centro da capital
francesa, relativamente perto da sede do jornal.
Várias pessoas tinham colado na roupa um autocolante preto
com a frase "Je Suis Charlie" ("Eu sou Charlie"), frase que
desde meio do dia se generalizou nas redes sociais e páginas internet como
símbolo de solidariedade com a redação do jornal satírico.
Entre os cartazes de alguns manifestantes podia ler-se
"Charb morre livre", uma referência ao jornalista, cartoonista e
diretor do semanário, Stéphane Charbonnier, 47 anos, morto no ataque.
"É dramático que estas pessoas sejam assassinadas.
Amanhã, não podemos mais falar. Devíamos ser milhares a sair às ruas",
disse à agência France Presse Béatrice Cano, uma mulher de cerca de 50 anos com
a mais recente edição do Charlie Hebdo, publicada hoje, nas mãos.
"A liberdade de imprensa não tem preço", lia-se num
outro cartaz.
Dezenas de manifestações de solidariedade estão previstas
para hoje em várias cidades francesas e junto de representações diplomáticas
francesas no estrangeiro.
Três homens vestidos de preto e fortemente armados atacaram
hoje de manhã a sede do Charlie Hebdo, no centro de Paris, fazendo pelo menos
12 mortos, dois dos quais polícias, e 20 feridos, quatro deles muito graves.
O jornal satírico tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu
republicar cartoons do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário
dinamarquês Jyllands-Posten e que provocaram forte polémica em vários países
muçulmanos.
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