DESORIENTADA, PETROBRAS CAI 6%, SOBE 4%, CAI 1%...
Petrobras entra na montanha-russa do mercado, bem mais
descendo do que subindo; despencou 6% na abertura do pregão nesta terça-feira
16, subiu quase 4% perto de 11h30 e, em seguida, voltou a cair, descendo 1%,
uma hora depois; mirando para o chão, ações da estatal despertam inapetência de
investidores e apetite de abutre entre os especuladores; sem palavra oficial
sobre destino do balanço e do novo comando da companhia, Petrobras perde a
âncora e valor chega perto dos R$ 8; preço do barril de petróleo cai para
menos de US$ 55.
Fonte: Jornal 247.
A sessão desta terça-feira é de fortes emoções para os
investidores em Bolsa. Os papéis da Petrobras têm um dia de forte variação: as
ações abriram em queda de 6%, diminuiu a queda na primeira hora da sessão e
chegou a registrar ganhos de cerca de 3%. As ações PETR4 subiram cerca de 7,5%
em 30 minutos e, com alta de 2,94%, entraram em leilão, saindo do leilão com
alta de mais de 8%, mas amenizando a alta para ganhos de cerca de 5%. Por outro
lado, as ações ON entraram em leilão, abrindo com alta de 5%, mas também
amenizando. Porém, com a proximidade da abertura das bolsas dos EUA, os ativos
da estatal voltaram a cair.
Petrobras (PETR3, R$ 8,42, -1,29%; PETR4, R$ 8,43,
-0,33%).
No início da sessão, novas notícias envolvendo a estatal e
com a nova prévia do Ibovespa, que reduziu a participação da companhia pela
metade em relação à composição de setembro, afetaram a estatal. Porém, diante
das fortes baixas nas últimas sessões, os papéis ensaiam uma recuperação.
O noticiário internacional negativo, com China e Rússia,
contribui para a baixa dos papéis, uma vez que aumenta a aversão ao risco para
os emergentes. Além disso, destaque para a nova queda do preço do petróleo, com
o WTI abaixo dos US$ 55,00. Com isso, os papéis renovaram a sua mínima desde
meados de 2005, também refletindo ainda o atraso na divulgação do balanço do
terceiro trimestre.
Além disso, divulgada nesta terça-feira (16), a nova prévia
da carteira, que vigorará de janeiro até o final de abril de 2015, mostrou que
as ações preferenciais da petrolífera (PETR4) estão com 4,704% de participação,
ocupando apenas a 4ª posição em importância no benchmark. A última composição
mostrava que o papel PN da Petrobras com 8,7% de participação, respondendo pela
segunda maior participação no índice. De lá pra cá, os papéis da empresa caíram
mais de 27%.
Vale destacar que, segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, a
Petrobras está reduzindo investimentos na exploração e direcionando foco para
desenvolver campos de petróleo já descobertos, disseram duas pessoas com
conhecimento direto sobre o assunto. O corte acontecerá em campos com atraso de
cronograma, disse uma das fontes. A empresa envolvida em escândalos também
planeja vender ativos e paralisar investimentos nas refinarias Premium I e
Premium II no Nordeste estão entre as medidas para não precisar emitir dívida
no mercado internacional em 2015, disse uma das fontes.
Vale (VALE3, R$ 19,12, +2,30%; VALE5, R$ 16,33, +2,25%) Após
abrir em queda de mais de 2%, as ações da Vale amenizam as perdas de cerca de
2,5% da abertura e operam com alta, em meio à alta do dólar. No noticiário da
Vale, o Morgan Stanley reduziu o preço-alvo para os ADRs (American Depositary
Receipts) da mineradora em 45%, passando de US$ 14,70 para US$ 8,10. As
estimativas para o preço do minério de ferro para os próximos anos foi
reduzida: foi para US$ 79 a tonelada em 2015 e a projeção de preço para período
entre 2016-2019 é agora de US$ 75 a tonelada. Ontem, o Credit Suisse também
havia reduzido o preço-alvo dos papéis da Vale.
Além disso, destaque para o noticiário chinês, com o
resultado do PMI chinês, mostrando uma confirmação de que a segunda maior
economia do mundo desacelera. Com isso, a expectativa é de que haja mais
medidas de estímulo pelo banco chinês. Suzano (SUZB5, R$ 10,80, +1,41%) e Fibria (FIBR3, R$ 30,00,
+0,70%).
Em um dia de forte aversão ao risco e com o dólar futuro com
fortes ganhos, as ações da Suzano e da Fibria tentam registrar alta. As ações
do setor se beneficiam da alta da moeda estrangeira dado o seu caráter
exportador.
HRT (HRTP3, R$ 4,79, +6,68%) Outras petrolíferas sofrem com a
queda do preço do petróleo, mas têm uma sessão bastante volátil. O destaque é a
HRT que, após chegar a cair 10,91%, agora opera com fortes ganhos de 6,68%.
Vale lembrar que a petroleira pré-operacional chegou a registrar desvalorização
de 45% nos últimos cinco dias.
Usiminas (USIM3, R$ 10,60, +2,42%; USIM5, R$ 4,88, 6,55%)
Nesta sessão, as ações da Usiminas, principalmente as PNA, sobem forte. Além da
alta do dólar, os papéis USIM5 são destaque de alta após terem se descolado dos
papéis ON, que subiram bem mais forte nas últimas sessões.
A Nippon Steel, que divide com o grupo Ternium Techint o
controle da Usiminas, pediu à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que
investigasse atos do grupo Ternium envolvendo disputa no Conselho de
Administração da companhia. Em comunicado enviado à imprensa, a Nippon afirma
que a "Ternium Techint não age em favor dos melhores interesses da
Usiminas". Gerdau também é destaque, subindo mais de 4%. Vale ressaltar
que as siderúrgicas também registram fortes baixas neste período de
"sell-off" do Ibovespa.
O movimento de descolamento entre a USIM3 e a USIM5 se dá em
meio à disputa societária entre a Ternium e a Nippon Steel. A CSN (CSNA3) segue
"carona" e sobe 5,81%, a R$ 4,92.
Gol (GOLL4, R$ 12,51, -10,65%) As ações da Gol registram
fortes baixas, apesar da forte baixa do petróleo nesta sessão. Apesar da queda
do preço do petróleo, o dólar em alta afeta as ações da companhia, que
respondem por cerca de 65% do custo da companhia.
Abaixo, matéria anterior do 247:
Depois de abrirem este terça-feira 16 perdendo 6% de seu
valor, as ações da Petrobras se recuperaram e passaram a registrar ganhos. As
11h40, os papéis tinham alta de quase 4%. Ontem, as ações da estatal fecharam
em queda de quase 10%. Os investidores da Petrobras perdem a sete pregões
consecutivos. Na Bolsa de Nova York, o preço-alvo dos papéis da estatal
brasileira foi rebaixado de US$ 14 para US$ 7 pelo banco Credit Suisse.
O governo observa calado e à distância o derretimento no
valor de mercado da maior estatal brasileira. Os rumores de substituição da
presidente Graça Foster, veiculados a partir de Brasília, não foram nem
confirmados nem desmentidos oficialmente. A ausência da divulgação de balanço,
anunciada para a sexta-feira 12, mas em seguida adiado sem data para acontecer,
despertou a aversão do mercado.
Sem que haja um balanço auditado, a Petrobras passará a ter
empréstimos tomados no mercado cobrados antecipadamente. Isso coloca no
horizonte de seis meses da companhia uma conta de estimados US$ 97 bilhões, ou
praticamente um quarto das reservas internacionais do Brasil. Se não pagar as
dívidas que irão vencer, a estatal entrará em situação de 'default' e poderá
arrastar seu maior acionista, o Brasil, para a mesma condição.
Leia reportagem do portal Infomoney antes da nova queda das
ações da estatal:
Petrobras PN sai do leilão e chega a subir 8%
Petrobras (PETR3, R$ 8,82, +3,05%; PETR4, R$ 9,50, +2,94%) A
sessão desta terça-feira é de fortes emoções para os investidores em Bolsa. Os
papéis da Petrobras têm um dia de forte variação: as ações abriram em queda de
6% e diminuiu a queda na primeira hora da sessão e chegou a registrar ganhos de
cerca de 3%. As ações PETR4 subiram cerca de 7,5% em 30 minutos e, com alta de
2,94%, entraram em leilão, saindo do leilão com alta de mais de 8%, mas
amenizando a alta para ganhos de cerca de 5%. Por outro lado, as ações ON
entraram em leilão, abrindo com alta de 5%, mas também amenizando.
No início da sessão, novas notícias envolvendo a estatal e
com a nova prévia do Ibovespa, que reduziu a participação da companhia pela
metade em relação à composição de setembro, afetaram a estatal. Porém, diante
das fortes baixas nas últimas sessões, os papéis ensaiam uma recuperação.
O noticiário internacional negativo, com China e Rússia,
contribui para a baixa dos papéis, uma vez que aumenta a aversão ao risco para
os emergentes. Além disso, destaque para a nova queda do preço do petróleo, com
o WTI abaixo dos US$ 55,00. Com isso, os papéis renovaram a sua mínima desde
meados de 2005, também refletindo ainda o atraso na divulgação do balanço do
terceiro trimestre.
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