SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICO EXONERA O COMANDANTE GERAL DA POLICIA MILITAR DO RIO DE JANEIRO
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano
Beltrame, anunciou na tarde de hoje (7) a exoneração do comandante-geral da
Polícia Militar (PM) do Rio, coronel José Luís Castro Menezes. A gestão de
Castro foi marcada por denúncias envolvendo a cúpula da corporação, mas segundo
Beltrame, a opção de exonerar o comandante foi tomada por problemas de ordem
pessoal e de saúde.
O novo comandante, que irá assumir o cargo no dia 2 de
janeiro de 2015, será o coronel Alberto Pinheiro Neto, que estava na reserva.
Beltrame garantiu que não ocorrerão mudanças no comando da Polícia Civil e que
está sendo feito um diagnóstico específico para as unidades de Polícia
Pacificadora (UPPs). A mudança no comando-geral começa a partir de hoje e o
coronel Ibis Silva Pereira vai assumir interinamente o cargo. Segundo Beltrame,
é um momento bom para se fazer qualquer tipo de mudança e o novo comandante vai
seguir tomando decisões que ele entende como emergenciais para a chegada no
novo comando de Pinheiro Neto.
"Eu acho que é um momento oportuno de se fazer mudanças,
de se criar novos projetos, de se gerar novas esperanças nas pessoas e fazer os
devidos ajustes. A Polícia Militar tem propostas interessantes, propostas
estruturantes, propostas de mudanças sérias de paradigma, mudanças inclusive
legislativas. Mudanças que já estão combinadas, tratadas com o novo comando,
porém essas informações serão dadas pelo comandante-geral quando assumir",
explicou.
O secretário de Segurança explicou que o coronel Pinheiro
Neto sempre foi uma alternativa e que o trabalho dele é conhecido. “Nós
entendemos que em momento de mudança, ele tem o perfil exato para que a gente
avance no que se refere à Polícia Militar", disse.
A Polícia Militar também terá mudanças na legislação e que
podem ter sido motivadas depois dos casos envolvendo policiais como o coronel
Alexandre Fontenelle, preso em setembro deste ano, acusado de chefiar um
esquema de propina na região do 14º Batalhão da Polícia Militar (Bangu), e o
tenente-coronel Dayzer Corpas Maciel, em março deste ano, por envolvimento no
sequestro de traficantes na Ilha do Governador.
"Eu não posso adiantar as mudanças, pois são ideias do
atual comando, mas tem a ver com correção. Eu acho que os episódios que
aconteceram, sem dúvida nenhuma, estremecem o comando ou a figura de qualquer
pessoa que está no centro desse tipo de discussão. Agora a troca se deu porque
nós temos um momento de virada, um cenário político que vai ser continuado e eu
acho que nós precisamos avançar, que nós precisamos mostrar para a sociedade
outros sonhos, outras propostas", explicou Beltrame.
De acordo com o secretário, estão em andamento investigações
sobre os assuntos internos e outros trabalhos estão sendo feitos. Segundo
Beltrame, não há nada de concreto nas investigações até então feitas que
desmoralizem o trabalho de Castro e de seu comando. "Quem tiver que
prestar contas à Justiça, vai prestar. Quem tiver que sair, vai sair, e isso
está sendo feito", ressaltou.
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