PÓS-ELEIÇÃO, BANCO CENTRAL SOBE JUROS A 11,25% AO ANO
Pela
primeira vez em seis meses, o Banco Central não alterou os juros básicos da
economia; por 5 votos a 3, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu
elevar a taxa Selic para 11,25% ao ano. A taxa está no maior nível desde
novembro de 2011, quando estava em 11,5% ao ano; desde dezembro de 2011, a taxa
passou a ser reduzida sucessivamente pelo Copom até atingir 7,25% ao ano em
outubro de 2012, o menor patamar da história; a Selic foi mantida nesse nível
até abril do ano passado, quando o Copom iniciou um novo ciclo de alta nos
juros básicos para conter a inflação. Desde abril de 2014, a taxa está em 11%
ao ano
Agência
Brasil - Pela
primeira vez em seis meses, o Banco Central (BC) não alterou os juros básicos
da economia. Por 5 votos a 3, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu
elevar a taxa Selic para 11,25% ao ano. A taxa está no maior nível desde
novembro de 2011, quando estava em 11,5% ao ano.
Desde
dezembro de 2011, a taxa passou a ser reduzida sucessivamente pelo Copom até
atingir 7,25% ao ano em outubro de 2012, o menor patamar da história. A Selic
foi mantida nesse nível até abril do ano passado, quando o Copom iniciou um
novo ciclo de alta nos juros básicos para conter a inflação. Desde abril de
2014, a taxa está em 11% ao ano.
A taxa Selic
é o principal instrumento do BC para manter a inflação oficial, medida pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dentro da meta
estabelecida pela equipe econômica. De acordo com o Conselho Monetário Nacional
(CMN), a meta de inflação corresponde a 4,5% (centro da meta), com margem de
tolerância de 2 pontos percentuais, podendo variar entre 2,5% (piso da meta) e
6,5% (teto da meta).
Segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumulado em 12
meses estava em 6,75% até setembro, acima do teto da meta. De acordo com o
boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras
divulgada pelo Banco Central, o IPCA deverá desacelerar nos próximos meses e
encerrar 2014 em 6,45%.
Por outro
lado, o aumento da taxa Selic prejudica o reaquecimento da economia, que
cresceu 2,5% no ano passado e ainda está sob o efeito de estímulos do governo,
como desonerações e crédito barato. De acordo com o Focus, os
analistas econômicos projetam crescimento de apenas 0,27% do Produto Interno
Bruto (PIB) em 2014. Oficialmente, o governo prevê expansão de 0,9%.
A taxa é
usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e
Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da
economia. Ao reajustá-la, o Banco Central contém o excesso de demanda, que se
reflete no aumento de preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança. Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e
incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
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