O CANDIDATO A PRESIDÊNCIA AÉCIO NEVES AFIRMA: "É UM AVANÇO A PRESIDENTE DILMA RECONHECER OS ERROS NA PETROBRAS, AINDA QUE TARDIO"
O candidato
do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou neste domingo que a admissão da
presidente Dilma Rousseff de que houve desvio de recurso na Petrobras é um
avanço, ainda que tardio, mas disse que a adversária não tomou providências
contra o tesoureiro do PT que seria suposto receptor de parte do dinheiro
desviado; "Eu reconheço que é um avanço, a presidente, pelo menos, admitir
que isso aconteceu, talvez um pouco tarde, mas a admissão é algo
positivo", disse.
O candidato do PSDB à
Presidência, Aécio Neves, afirmou neste domingo que a admissão da presidente
Dilma Rousseff de que houve desvio de recurso na Petrobras é um avanço, ainda
que tardio, mas disse que a adversária não tomou providências contra o tesoureiro
do PT que seria suposto receptor de parte do dinheiro desviado.
"Eu
reconheço que é um avanço, a presidente, pelo menos, admitir que isso
aconteceu, talvez um pouco tarde, mas a admissão é algo positivo", disse o
candidato tucano em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, onde participou
neste domingo de manhã de uma caminhada pela orla de Copacabana.
"Agora,
as providências, eu não vi até agora nenhuma atitude da presidente em relação
àquele que é denunciado pelo delator Paulo Roberto (Costa) como receptor da
parcela que caberia ao PT, que é o seu tesoureiro", acrescentou.
Um suposto
esquema de corrupção na Petrobras envolvendo partidos políticos foi revelado
durante a disputa eleitoral e tem sido detalhado à Justiça pelo ex-diretor da
estatal Paulo Roberto Costa em um acordo de delação premiada.
Em
depoimentos à Justiça Federal, Costa afirmou que grandes empresas fecharam
contratos com a estatal por anos com sobre preço e que a maior parte do
dinheiro desviado tinha como destino partidos da base governista.
Segundo ele,
o operador do PT no esquema era o tesoureiro da legenda, João Vaccari.
Dilma,
candidata à reeleição pelo PT, reconheceu no sábado, pela primeira vez, que
houve desvio de recursos na estatal e disse que pedirá ressarcimento desse
dinheiro, mas que isso não está ao alcance do governo no momento.
A uma semana
do segundo turno da eleição, Aécio e Dilma vão estar frente à frente na noite
deste domingo em mais um debate eleitoral na televisão. Os dois travaram na
quinta-feira o debate mais agressivo da campanha até o momento, com ataques
generalizados de ambos os lados, deixando as propostas de governo em segundo
plano.
O candidato
tucano fez um "convite" a Dilma para que ambos possam debater
propostas e deixar as ofensas de lado. "Que nós possamos debater
propostas, falar do futuro do Brasil, permitir aos brasileiros que possam
conhecer de forma mais clara e mais profunda aquilo que nos separa",
disse.
Aécio
escolheu o Rio para iniciar sua última semana de campanha ao lado de diversos
aliados em busca de votos em um Estado onde ficou em terceiro lugar no primeiro
turno, atrás de Dilma e de sua agora aliada Marina Silva (PSB), terceira
colocada na votação nacional de 5 de outubro.
O senador
eleito por São Paulo José Serra (PSDB), o presidente do PPS, Roberto Freire, e
o candidato a vice-governador de Luiz Fernando Pezão (PMDB) no Rio, Francisco
Dornelles, foram algumas das figuras políticas ao lado de Aécio no evento, que
também contou com a presença do ex-jogador Ronaldo.
Uma multidão
lotou a orla de Copacabana com bandeiras de Aécio e do Brasil, em um domingo de
sol em que os apoiadores do candidato se misturaram a turistas e moradores que
aproveitavam a manhã na praia. Aécio percorreu um trecho de cerca de 1,5
quilômetro em cima de um carro aberto e depois seguiu viagem para São Paulo,
onde participará do debate.
Fonte; Jornal 247
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