DIO CAVALCANTI APRESENTA "VIÉS DE MIM" NO TEATRO MUNICIAPAL DE CABO FRIO





Depois de cinco anos, cantor e ator está de volta, desta vez, apresentando um espetáculo que mistura música e cenas teatrais

Depois de cinco anos Dio Cavalcanti está de volta ao Teatro Municipal Inah de Azevedo Mureb, em Cabo Frio. O músico traz no novo espetáculo -“Viés de Mim” – além de suas músicas autorais - conhecidas pela singeleza poética - cenas teatrais baseadas nas linguagens utilizadas em sua pesquisa como ator. Tais como o jogo da máscara, o teatro físico e o clown. 

A apresentação única está marcada para sábado (25/10), a partir das 20h.

“De perto ninguém é normal”, “De gênio e louco todo mundo tem um pouco”, “Louco é quem me diz que não é feliz”. Essas são expressões que relativizam este tão famoso estado de alma. Mas o que é loucura? O que é Utopia? Digamos que tudo que nos foge à realidade, que se esquiva do comum, que escapa do que é ordinário – ordinário no sentido de cotidiano – é considerado uma insanidade e, portanto, extracotidiano.

– Pra mim a loucura é apenas um estado de ação. Ela pode ser altamente libertadora. Ou limitadora. E essa resolução depende de muitos fatores – explica Dio.

No espetáculo “Viés de mim”, Dio pretende trabalhar sobre a sutileza, a singeleza e a poesia da loucura, utilizando este lugar extracotidiano como mote para uma abertura lírica e poética sobre o tema. Nesta nova empreitada ele utilizará música, teatro e clown para viver e cantar sua visão de mundo. As composições são todas autorais. São criações que ao longo de 12 anos ele acumula. O cenário é de um manicômio estilizado. As cenas terão como alicerce as linguagens que ele pesquisa como ator, principalmente a do clown. O show terá a participação de três palhaços do núcleo de pesquisa “Ambulatório de Palhaços” que o próprio Dio coordena. Além da participação de três compositores da cidade. São eles: Azul Casu, Ivan Alves e Paulo Mou.

– Os palhaços serão os ‘cuidadores’ dese manicômio estilizado que será montado no  palco. O palhaço por si só já é uma figura transgressora que se expõe ao ridículo para flagrar, denunciar ou apenas insinuar suas próprias mazelas e consequentemente as mazelas da sociedade – resume Dio.

A grande cartada do espetáculo é tratar o tema da loucura através da relação desses ‘cuidadores-palhaços’ com o eu lírico do Dio trancado neste ambiente comprimido e  ao mesmo tempo avassalador.

Texto: Anderson Lopes

Fotos: Divulgação

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