IRMÃO DE EDUARDO CAMPOS SE MOVE PARA SER VICE DE MARINA
Antônio
Campos, o irmão de Eduardo Campos que ontem foi o primeiro a lançar Marina
Silva à presidência da República, quer ser vice na chapa da coligação Unidos
pelo Brasil; seria uma forma de preservar o comando do PSB entre os herdeiros
de Miguel Arraes e formar uma chapa Campos-Marina, mas com posições invertidas;
em entrevista nesta sexta-feira, ele voltou a defender Marina como
presidenciável; "Pela escolha de Eduardo quando fez a aliança, na ausência
dele, Marina assumiria a Presidência. Ela tem densidade política e eleitoral
para fazer o debate do Brasil neste momento", afirma; desafio de Antônio
Campos é superar resistências internas no próprio PSB, cujo novo presidente,
Roberto Amaral, sempre foi próximo a Lula e refratário à aliança com Marina
O irmão de
Eduardo Campos, Antônio Campos, que sempre auxiliou o ex-governador de
Pernambuco nos bastidores da política, quer agora assumir a herança política da
família Arraes.
Segundo
informações obtidas por 247, ele se articula para ser vice na chapa de Marina
Silva. Assim, a coligação Unidos pelo Brasil teria ainda uma chapa
Campos-Marina, mas com inversão de papéis; ela presidente, ele vice.
Ontem,
Antônio Campos foi o primeiro a lançar a candidatura de Marina, numa nota
pública chamada "Não vamos desistir do Brasil". "Como filiado ao
PSB, membro do Diretório Nacional com direito a voto, neto mais velho vivo de
Miguel Arraes, presidente do Instituto Miguel Arraes – IMA e único irmão de
Eduardo, que sempre o acompanhou em sua trajetória, externo a minha posição
pessoal que Marina Silva deve encabeçar a chapa presidencial da coligação
Unidos Pelo Brasil liderada pelo PSB, devendo a coligação, após debate
democrático, escolher o seu nome e um vice que una a coligação e some ao debate
que o Brasil precisa fazer nesse difícil momento, em busca de dias melhores.
Tenho convicção que essa seria a vontade de Eduardo", disse ele.
Logo depois,
Antônio Campos foi repreendido pelo presidente do PSB, Roberto Amaral, que
afirmou que o momento "é de luto". Disse ainda que a decisão se dará
por "exclusivo critério" do PSB, um partido que, como todos os
outros, é presidencialista em seu processo decisório. Aliado histórico de Lula,
Amaral sempre foi refratário à aliança com Marina Silva.
O futuro do
PSB é incerto, mas Antônio Campos voltou a defender o nome de Marina Silva. “Pela
escolha de Eduardo quando fez a aliança, na ausência dele, Marina assumiria a
Presidência. Ela tem densidade política e eleitoral para fazer o debate do
Brasil neste momento”, afirmou, em entrevista ao Globo. Segundo seu vice deve
ser um quadro do partido que complemente seu perfil.
“Coloco o
debate de que o partido precisa definir antes do prazo legal essa questão. E
que a morte de Eduardo seja não apenas o luto e o choro, mas também signifique
que o Brasil que está tão descrente com a política, com o voto nulo tão forte,
desperte”, disse (leia aqui).
Fonte:
Jornal 247
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