LEIA A ÍNTEGRA DAS RESPOSTAS DOS CANDIDATOS GAROTINHO, LINDBERG,PEZÃO E MARCELO CRIVELLA SOBRE OS DESAFIOS DA SEGURANÇA




RIO — Convidados pelo GLOBO, os quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos, Anthony Garotinho (PR), Lindbergh Farias (PT), Luiz Fernando Pezão (PMDB) e Marcelo Crivella (PRB), contam quais são os desafios do próximo governador na área de Segurança. Leia a íntegra das respostas:

LUIZ FERNANDO PEZÃO — PMDB
O principal objetivo é consolidar, aperfeiçoar e ampliar as UPPs. Para isso, vamos construir delegacias de Polícia Civil em todas as unidades já instaladas. Os PMs que servem nas UPPs passarão por cursos de aprimoramento e reciclagem anualmente na Academia das UPPs. Também vamos criar as Unidades de Serviços do Estado (USE), levando microcrédito e ações públicas de qualidade para as comunidades pacificadas, e fortalecer a Ouvidoria.

Nos próximos quatro anos, levaremos as UPPs para toda a Região Metropolitana e onde houver o controle do poder paralelo. Serão mais 40 unidades, totalizando 80 UPPs até o fim de 2018. Investiremos em tecnologia da informação para o Centro Integrado de Comando e Controle, câmeras de gravação e na ampliação do efetivo da PM e da Polícia Civil nos bairros e territórios que não precisam de pacificação.
Temos um concurso para contratar mais 6 mil policiais militares até o fim do ano. Até 2018, serão mais 12 mil PMs. Sempre priorizando a valorização salarial e profissional dos policiais.

LINDBERGH FARIAS — PT
O desafio passa pela construção de uma política de segurança ampla e efetiva. Em relação às UPPs, não pode haver recuo nos territórios em que elas já estão instaladas. Porém, a sobrevivência do projeto de pacificação depende de importantes melhorias. É preciso articulá-lo a programas que valorizem os jovens, reduzam a evasão escolar e estimulem a criatividade cultural e associativa nas favelas e periferias. É preciso ter uma polícia que seja dura contra o crime, mas que respeite o trabalhador.

A UPPs devem se tornar verdadeiras Unidades de Políticas Públicas, agregando à ocupação militar um exército de professores e médicos e ampliando serviços essenciais, promovendo a paz nos territórios. Essas políticas públicas nunca chegaram e não houve a promoção do engajamento da comunidade à política de segurança. A prevenção ao crime é crucial, já que uma das causas para o envolvimento do jovem com o crime tem a ver com a evasão escolar, que deve ser combatida com medidas específicas. Precisamos estimular os programas culturais que valorizem a juventude, não só nas áreas já pacificadas, mas em todo o estado.
Também será necessária uma mudança das forças policiais. O Estado deve buscar políticas que adequem as polícias à sua missão de garantidoras de direitos. As táticas, estratégias e metodologias de ação policial devem ser orientadas em torno da combinação de ações preventivas e de repressão qualificada, com ações mais eficientes de combate e repressão ao crime. A nossa meta será a de reduzir crimes que explodiram nos últimos quatro anos, como os homicídios e os roubos de pedestres e veículos. Para isso, é preciso melhorar as UPPs, recuperar o programa de segurança nos bairros, investir pesado em novas tecnologias e sistemas, para ter maior eficiência e menor custo, e trabalhar de forma integrada com a Polícia Federal contra o crime organizado".

ANTHONY GARORINHO — PR
"Dar transparência aos números da segurança publica que hoje estão manipulados, implantar o batalhão de defesa social, porque não existe ocupação sem ação social; investir no fortalecimento da polícia técnica e no treinamento dos policiais militares. E aumentar o efetivo de rua da PM. Esses são os principais desafios".

MARCELO CRIVELLA — PRB
Aumento REAL do Policiamento Ostensivo na Baixada Fluminense e São Gonçalo. Está prevista a contratação de 6 mil policiais militares. No nosso governo vamos distribuir estes policiais pelos bairros e cidades onde realmente existe a necessidade de policiamento. Serão distribuídos onde o crime aumentou e as pessoas não veem os policiais nas ruas;
Implementação da Escola de Polícia Pacificadora, projeto já existente que não recebeu incentivo nem tampouco investimento do atual Governo. O Programa das UPPs deve ser transformado em Política de Estado. Falta política pública que atenda aos interesses da população. No nosso governo vamos implementar a Escola de Polícia Pacificadora de forma a aperfeiçoar a qualificação dos policiais melhorando a segurança pública como um todo;
Projeto Bairro Seguro - A volta do Policiamento Comunitário nos Bairros, nas ruas das cidades, onde a presença efetiva do policial, através da polícia de proximidade, onde o diálogo seja franco e objetivo, atendendo aos reclamos de mais segurança e presença da polícia de forma visível e proativa;
Transparência no Orçamento Público – O governo atual anuncia haver investido mais de R$ 9 bilhões na segurança pública. Aonde foi investida esta fortuna? Qual a previsão de investimento nas UPPs em 2014? Os gastos são obscuros e desmedidos. Não há investimento efetivo em segurança neste governo! Compram-se carros e não se investe no profissional.Vamos investir de forma transparente e adequada;

Pacto do Sudeste – O exemplo das ações conjuntas das forças de segurança na Copa do Mundo nos faz acreditar que, atuando em conjunto, as polícias do sudeste farão frente às ações criminosas que trazem armas e drogas para a região com o consequente recrudescimento do crime e insegurança às pessoas. Convênios poderão ser estabelecidos de forma a permitir ações nas rodovias federais/estaduaiscomuns, atividades nas áreas de inteligência, logística, capacitação e intercâmbio de boas práticas;

Aumento na Elucidação de Crimes – A elucidação de crimes no estado do RJ é mínima! Os dados são controversos e tão somente se divulgam os dados relativos a homicídios. É muito pouco! No nosso governo vamos aumentar a elucidação dos crimes de maneira geral. Lógico que a elucidação dos homicídios é importante, mas muito mais importante é a segurança de todos, onde dados confiáveis da segurança das pessoas sejam amplamente divulgados em busca de uma política pública mais efetiva e duradoura.
FONTE : OGLOBO

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