EX-ATIVISTAS AJUDARAM POLÍCIA A IDENTIFICAR SININHO E OUTROS LÍDERES DE PROTESTOS VIOLENTOS


RIO - Pelo menos cinco ex-ativistas que participaram de manifestações violentas que ocorreram nas ruas do Rio no último ano mudaram de lado e ajudaram a polícia a identificar os líderes das ações, entre os quais estão Elisa de Quados Pinto Sanzi, a Sininho. Eles ajudaram na montagem do organograma que revelou a cadeia de comando do grupo. As informações estão no inquérito policial que resultou na denúncia dos 23 ativistas, beneficiados por habeas corpus do desembargador Siro Darlan, da 7ª Câmara Criminal, nesta quarta-feira.


Denunciados pela morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido na cabeça por um rojão durante uma manifestação no Centro do Rio, Caio Silva e Fábio Raposo fazem parte do grupo que acusou Sininho e outros quatro ativistas de serem responsáveis pela incitação à violência nos atos públicos. Entre os líderes da corrente que pregava a violência nas manifestações, Caio e Fábio também apontaram Luiz Carlos Rendeiro Júnior, o Game Over, ex-namorado de Sininho.De acordo com as investigações, três dos ativistas que ajudaram a polícia a desvendar o esquema "pararam de frequentar as manifestações por não concordarem com os atos de vandalismo" e, por isso, passaram a colaborar com a polícia. Nenhum dos três teve a prisão pedida pelo Ministério Público. Entre as informações passadas à polícia, as testemunhas afirmaram que Sininho é responsável por "incitar os protestantes a quebrarem bens e arremessarem coquetéis molotov", conforme consta do inquérito policial. A partir dessas informações, a polícia concluiu que Sininho é "a mentora de toda a quadrilha e organizadora de vários movimentos de ocupação e protestos".



Com a colaboração dos cinco ativistas, a polícia afirma que as manifestações eram organizadas pela Frente Independente Popular (FIP), reunindo os seguintes grupos: Frente Internacionalista dos Sem tetos (FIST), Organização Anarquista Terra e Liberdade (OATL), Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), Aldeia Maracanã, Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC) Coletivo Inimigos do Rei (Uerj), Movimento Feminino Popular (MFP), Movimento de Resistência Popular (MRP), Ocupa Cabral, Anonymous Rio, Unidade Vermelha, Comitê de Apoio ao Jornal A Nova Democracia e Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência.



A Comissão de Organização da FIP, integrada, entre outros, por Sininho e Game Over, tinha entre as atribuições, de acordo com o processo, o "planejamento sobre objetivo, trajeto, segurança dos manifestantes e atos criminosos, tais como incendiar ônibus, destruir o patrimônio público e privado, furtar caixas eletrônicos de agências bancárias com intuito de causar o caos".

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