GAROTINHO SE REÚNE COM O REPRESENTANTES DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO; SETOR COBRA MAIS ATENÇÃO DO GOVERNO DO ESTADO



Fonte: Assessoria de Imprensa do Gabinete do Deputado Anthony Garotinho
Foto: Fotografo Fabio Marconi


O deputado federal e ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ) participou esta manhã de um café da manhã, no Centro do Rio,  com representantes do setor de Tecnologia da Informação (TI) e se comprometeu a dar uma atenção especial ao segmento que pleiteia uma representatividade maior do governo do estado do Rio. O encontro foi mediado pelo presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio, Benito Paret. Durante quase duas horas, o pré-candidato do PR ao governo do Rio discursou e respondeu perguntas de empresários e lideranças de TI.

"Quando fui governador, há 15 anos, a área de TI era importante mas não demandava um espaço específico dentro do governo. Atualmente a internet está na palma da mão das pessoas e o suporte precisa acompanhar essa evolução. Me comprometo, caso seja eleito, a criar uma política articulada de desenvolvimento do setor de TI que contemple uma secretaria ou departamento para cuidar especificamente desse assunto", disse Garotinho, ao ser provocado pela pergunta de uma empresária desse segmento que cobra uma atenção mais específica do governo do estado do Rio.

Garotinho também comentou a prorrogação da Lei de Informática e da Zona Franca de Manaus. Na semana passada, o presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, entregou ao secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI/SEPIN), Virgílio de Almeida, o documento Prorrogação e Aperfeiçoamento da Lei de Informática. E, em março, a Câmara Federal aprovou, em primeiro turno, por 364 votos a três, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Zona Franca de Manaus até 2073. Por acordo fechado entre deputados, o segundo turno da PEC só será colocado em votação após acordo para apreciação de outros temas, como as áreas de livre comércio do Norte do País e a prorrogação da Lei da Informática.

"Não tinha como evitar a aprovação em primeiro turno da renovação da Zona Franca de Manaus, mas podemos pressionar para que a presidente Dilma aprove a Lei de Informática. Defendemos uma ação conjunta porque se der liberdade total de isenção fiscal à Zona Franca de Manaus e prorrogá-la por 50 anos, como propõe o projeto inicial, vai todo mundo se mudar para lá. Numa reunião com (Guido) Mantega, ministro da Fazenda,  propus 20 anos de renovação para a Zona Franca e 20 anos para Lei de Informática", explicou Garotinho.

Pré-candidato do PR ao governo do Rio, o ex-governador também foi sabatinado por outros assuntos gerais, como segurança pública, UPP, saúde e educação.  

UPP: "É puro marketing. Precisa ser remodelada"

"Quando fui governador, elaboramos um documento com 1.500 páginas. Fizemos um diagnóstico da situação da segurança pública e traçamos soluções para cada um dos problemas. Estipulamos em 60 projetos nossas ações, que passavam pela modernização do aparelho policial (na época policiais do Rio usavam revolver calibre 38 enquanto bandido usava fuzil) e treinamento; o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) não tinha sequer uma sede e estande de tiros, fui eu que contruí. Dentre esses 60 projetos, existia um que se chamava GPAE (Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais), que nós implantamos experimentalmente no Morro do Cavalão, em Niterói. Observamos o primeiro problema: os bandidos migraram, foram para outro local e, segundo: se não houvesse um programa social para essa faixa, jovens entre 16 e 21 anos, a faixa que mais morre e mais mata, e para evitar a fuga de bandidos, de nada adiantaria nosso esforço. Tem que investigar, prender os bandidos e entrar com projetos sociais. Cabral lançou a UPP depois que traficantes do Morro dos Macacos derrubou um helicóptero da polícia e a situação estava insustentável. A UPP precisa ser reformulada. A polícia precisa de treinamento adequado (hoje o PM após seis meses já é escalado para atuar numa UPP). Na minha época o policial só ia para as ruas após dois anos de treinamento. É preciso também investigar e prender os traficantes e os jovens necessitam de oportunidades, com o estado entrando com ação social e serviços. A polícia mais eficiente é a que mata menos e prende mais."

A escola na era digital

"Na minha época como governador, criei a universidade à distância. Foi uma inovação. Hoje em dia o próprio modelo adotado pelo governo federal é o nosso, ou seja, com a aplicação da tecnologia da informação a serviço da educação. Fizemos um programa de informatização da Secretaria estadual de Fazenda; criamos o projeto de Delegacia Legal, dotando mais de 100 delegacias interligadas com internet, intranet, e que se transformou no único programa de um estado brasileiro premiado internacionalmente pela ONU. Sem falar na informatização das escolas, apesar das limitações da tecnologia da época."

Continuação de obras e projetos

"Fui governador e não parei nenhuma obra do (ex-governador) Marcello Alencar. O governador atual parou o programa de Delegacia Legal e elas estão caindo aos pedaços. A expansão do metrô é um exemplo: demos sequência ao programa de obras e fizemos a estação Siqueira Campos e Cantagalo. Não sou um político que destroi o que de bom já foi feito. Dar continuidade a um projeto de governos anteriores não é problema, difícil é achar um projeto bom neste governo de Pezão e Cabral."

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