INSATISFEITOS, SINDICALISTAS SE DISTANCIAM DE DILMA
Sindicatos ligados à Força Nacional classificam governo federal como "intransigente" e "insensível"; principal queixa é a falta de diálogo
Jornal Eletrônico 247 de Brasília
Os sindicalistas resolveram adotar um "distanciamento" do governo da presidente Dilma Rousseff. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (7), durante encontro em São Paulo.
Em nota oficial, a Força Sindical critica a postura do governo federal, diante da "intransigência" e "insensibilidade" de não discutir temas como a extinção do fator previdenciário; o aumento real para os aposentados que recebem benefício acima de um salário mínimo; e o fim do imposto de renda sobre a Participação nos Lucros ou Resultados.
Segundo a entidade, a partir de agora, a Força Sindical vai fazer um "amplo" debate com as outras centrais sindicais e retomar a Marcha dos Trabalhadores em Brasília. Mas negam que a medida seja um rompimento.
"Reafirmamos nosso compromisso em defesa dos interesses dos trabalhadores e lamentamos a falta de diálogo e interlocução por parte do Palácio do Planalto que tem se curvado para alguns setores financeiros e virado as costas e até em alguns momentos usado as Forças Armadas contra atos da Classe Trabalhadora" fala um trecho da nota oficial.
Confira a íntegra da nota:
Diante da intransigência e insensibilidade do Governo Federal em negociar com a Classe Trabalhadora, a Força Sindical, fará um amplo diálogo com as demais centrais sindicais e movimentos sociais para realizar, em 2013, uma Jornada de Lutas com atos e manifestações por todo o País e a retomada da Marcha dos Trabalhadores em Brasília.
A Jornada de Lutas visa implementar a Pauta Trabalhista, como matéria de interesse de toda a sociedade, direcionada para o desenvolvimento do País e melhor distribuição de renda, como a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, o fim do fator previdenciário, uma política de valorização das aposentadorias, aumento para o servidor público, isenção de Imposto de Renda na PLR (Participação nos Lucros e Resultados), entre outros.
Causa-nos estranheza que um governo eleito democraticamente se recuse terminantemente a dialogar com os representantes da classe trabalhadora e trate um importante ator social, que é o movimento sindical, desta forma. Ressaltamos que qualquer projeto de desenvolvimento social e democrático deve incorporar as demandas trabalhistas e sindicais de forma a envolver toda a sociedade em um esforço por uma agenda positiva.
Entendemos que um dos pilares da democracia é o diálogo produtivo, e que o debate de ideias envolvendo todos os representantes organizados só trará benefícios para a sociedade.
Reafirmamos nosso compromisso em defesa dos interesses dos trabalhadores e lamentamos a falta de diálogo e interlocução por parte do Palácio do Planalto que tem se curvado para alguns setores financeiros e virado as costas e até em alguns momentos usado as Forças Armadas contra atos da Classe Trabalhadora.
Direção Nacional da Força Sindical
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