Fonte: Jornal Eletrônico 247
O frustrante resultado do PIB brasileiro no terceiro trimestre repercutiu fora do país e levou a revista britânica 'The Economist' a pedir a cabeça do ministro da Fazenda, Guido Mantega. A publicação dedicou três artigos à economia brasileira. Num deles, intitulado
Colapso da confiança (em inglês), está o pitaco: "se quer um segundo mandato, Dilma Rousseff deveria indicar uma nova equipe econômica.
A revista compara a economia brasileira a uma "moribunda criatura" e chama Dilma de "intrometida-chefe", numa referência às intervenções do Estado no mercado brasileiro. "Apesar dos esforços oficiais cada vez mais frenéticos para estimular (a economia brasileira), a moribunda criatura cresceu apenas 0,6% no terceiro trimestre – metade do número previsto por Guido Mantega", destaca a publicação.
Na sequência, os britânicos são mais claros na sugestão: "A preocupação é de que a presidente seja, ela própria, uma intrometida-chefe. Ela insiste que é pragmática. Se for, deve demitir o senhor Mantega, cujas projeções otimistas demais perderam a confiança dos investidores, e nomeie uma nova equipe capaz de ganhar a confiança das empresas."
"Ainda mais do que Luiz Inácio Lula da Silva, a senhora Rousseff parece acreditar que o Estado deve dirigir as decisões do investimento privado. Tais micro-intervenções derrubam a confiança na política macroeconômica", critica a publicação. A Economist relembra ainda as reeleições de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva para reforçar a necessidade de Dilma mexer em sua equipe.
Segundo a Economist, "a esperança da senhora Rousseff é que o pleno emprego e o aumento da renda serão suficientes para lhe assegurar um segundo mandato em 2014". "Mas esses fatores dependem de crescimento renovado. Lula ganhou um segundo mandato como consequência de suas políticas que tiraram milhões de brasileiros da miséria. O eleitorado também reelegeu Fernando Henrique Cardoso, antecessor de Lula, porque ele controlou a inflação. E a senhora Rousseff? Os eleitores podem julgar que, tentando equilibrar todas as bolas econômicas, ela derrubou a maioria delas", finaliza a revista.
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