O escritor português João Pereira Coutinho sugere à presidente Dilma Rousseff que desconsidere o novo acordo ortográfico, que segundo ele, "não passa de um documento autoritário". Em meio à tentativa do governo de tentar adiar a obrigatoriedade da vigência do acordo para 2016, em vigor desde janeiro de 2009, o escritor diz que "é ridículo tentar impor à língua portuguesa uma uniformização artificial".
"A única coisa que eu esperava da presidente Dilma Rousseff é que ela rasgasse o acordo", diz Pereira Coutinho à Rádio Folha. Segundo o colunista do caderno Ilustrada, da Folha de S. Paulo, o acordo é o típico produto dos deslumbrados e não é propriedade de alguns sábios. "As variações lexicais ou sintáticas, longe de ser um prejuízo para a língua, são, por contrário, expressão da sua vitalidade e da sua pluralidade", acrescenta.
Coutinho afirma que o acordo ortográfico, além de não ser importante, fere a história, a identidade da língua portuguesa. "Digo com todas as letras: senhora presidente Dilma Rousseff, faça o favor à língua portuguesa e enterre de uma vez por todas a loucura do acordo ortográfico", complementa.
BRSIL 247
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