CONTAGEM REGRESSIVA PARA A MARATONA DE 40 HORAS DE SAMBA , CARNAVAL 2013 TERÁ GRUPO DE ACESSO CO 19 ESCOLAS E DOIS DIAS DE DESFILES. NO GRUPO ESPECIAL , ENREDOS INÉDITOS E INUSITADOS PROMETEM DIVERTIR E EMOCIONAR O PÚBLICO





Campeã do último carnaval com um enredo sobre Luiz Gonzaga, a Unidos da Tijuca falará sobre a Alemanha em 2013
Foto: Guito Moreto / O GLOBO
Campeã do último carnaval com um enredo sobre Luiz Gonzaga, a Unidos da Tijuca falará sobre a Alemanha em 2013GUITO MORETO / O GLOBO
RIO — Trinta e uma escolas de samba, mais de 40 horas de avenida e quatro dias seguidos de desfiles. O folião vai precisar de fôlego para encarar o Carnaval 2013 na Marquês de Sapucaí. Por causa da criação do novo Grupo de Acesso A, composto por 19 agremiações, a maratona no Sambódromo terá início na sexta-feira de carnaval, dia que tradicionalmente era reservado às escolas mirins. No Grupo Especial, 12 escolas disputarão o sonhado título com enredos que vão da Coreia do Sul às manifestações rurais do Brasil.
Grande novidade do ano, o desfile das escolas do Acesso reunirá agremiações dos antigos grupos A e B que até o último carnaval eram filiadas a extinta Liga das Escolas de Samba do Grupo de Acesso (Lesga). Caberá a nova Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj), a coordenação das apresentações na sexta-feira, quando nove escolas passarão pela Sapucaí, e no sábado, que terá mais 10 escolas. Nos dois dias de desfile as apresentações começam às 21h e cada escola terá no máximo 55 minutos para mostrar seu carnaval. Apenas a campeã sobe para o Especial em 2014, e três escolas serão rebaixadas para o Grupo B, antigo C, que desfila na Estrada Intendente Magalhães, em Campinho.
Depois de dois anos atípicos — o primeiro sem rebaixamento e o segundo com 13 escolas desfilando, por causa do incêndio na Cidade do Samba em 2011 — o grupo principal do carnaval voltará a ter seu moldes normais de competição: 12 escolas se apresentando nas noites de domingo e segunda-feira. A estreante Inocentes de Belford Roxo abre a festa às 21h do domingo, 10 de fevereiro, seguida por Salgueiro, Unidos da Tijuca, União da Ilha, Mocidade e Portela. Na segunda-feira desfilam São Clemente, Mangueira, Beija Flor, Grande Rio, Imperatriz e Vila Isabel. A última colocada entre as 12 será rebaixada para o Grupo de Acesso A. Na noite de terça-feira será a vez das escolas de samba mirins desfilarem na Sapucaí.
Enredos inéditos e inusitados
Personagens que o público se acostumou a ver desfilar no Sambódromo como índios, nobres portugueses e escravos vão aparecer menos em 2013. Reflexo dos enredos inéditos e inusitados que as escolas estão preparando. Afinal quando se imaginou que a distante Coreia do Sul, as telenovelas brasileiras ou a divisão dos royalties do petróleo dariam samba? Pois em 2013 esses são alguns dos temas que serão levados para a Sapucaí.
A estreante Inocentes de Belford Roxo talvez seja a agremiação que viajará mais longe para conquistar as quatro notas 10 do quesito enredo. A agremiação se volta para o extremo oriente com o enredo “As sete confluências do rio Han”, do carnavalesco Wagner Gonçalves. O desfile vai celebrar os 50 anos de imigração sul-coreana no Brasil.
A vice-campeã e a campeã do último carnaval, respectivamente a segunda e a terceira escola desfilando no domingo também terão temas inéditos. O Salgueiro cantará a busca pelo estrelato com o enredo “Fama”, desenvolvido pela dupla Renato e Márcia Lage. Enquanto a Unidos da Tijuca, do mestre Paulo Barros, vem de “Desceu num raio, é trovoada! O deus Thor pede passagem pra mostrar nessa viagem a Alemanha encantada”.
Na sequência o carnaval canta a música sob três ritmos distintos. A União da Ilha chega cheia de bossa com a vida e obra do poetinha Vinicius do Moraes, o nome do enredo de Alex de Souza é “Vinicius no plural, paixão, poesia e carnaval”. Depois a Mocidade faz seu solo de guitarra para cantar “Eu vou de Mocidade com samba e Rock in Rio, por um mundo melhor”, de Alexandre Louzada. A Portela fecha a noite exaltando a capital do samba com “Madureira... Onde o meu coração se deixou levar”, de Paulo Menezes.
A segunda noite também promete surpreender o público. A São Clemente já abre a festa com “Horário Nobre”, enredo do carnavalesco Fábio Ricardo sobre telenovelas que marcaram a história da dramaturgia brasileira. Na Mangueira, Cid Carvalho desenvolve “Cuiabá: Um Paraíso no Centro da América!”, uma homenagem à capital do Mato Grosso.
A comissão de carnaval da Beija Flor também inova e mostrará a importância dos cavalos na história da humanidade com o enredo “Amigo Fiel, do cavalo do amanhecer ao Mangalarga Marchador”. Em seguida, a Grande Rio entra na campanha pela divisão justa de royalties do petróleo com “Amo o Rio e vou à luta: Ouro negro sem disputa...Contra a injustiça em defesa do Rio”, de Roberto Szaniecki.
A Imperatriz segue para a região amazônica para cantar “Pará - O Muiraquitã do Brasil”, do trio de carnavalescos Cahê Rodrigues, Kaká e Mário Monteiro. A Vila Isabel, da carnavalesca Rosa Magalhães, fecha as apresentações trazendo para a avenida a beleza da cultura caipira com “A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo - Água no feijão que chegou mais um”.
O GLOBO

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