"ESTRESSADO", CACHOEIRA FICA INTERNADO ATÉ QUINTA
Médico diz que contraventor está "oscilando muito nos momentos de calmaria e agitação"; lado psicológico é a que mais preocupa a equipe médica, que tem um cardiologista, um psiquiatra e um hematologista; Cachoeira ficou preso por nove meses e perdeu 18 quilos
Fonte:Jornal Eletrônico Goiás 247
Carlinhos Cachoeira deve permanecer internado até a próxima quinta-feira. Foi o que disse o médico e hematologista César Leite, que cuida do contraventor no Hospital Neurológico de Goiânia. “Ele está oscilando muito nos momentos de calmaria e agitação”, disse em entrevista ao G1 Goiás nesta segunda-feira.
“O que nos preocupa é o transtorno de conduta que ele está apresentando. Essas alterações que oscilam entre um período de agitação, depressão e uma insônia que não estamos conseguindo lidar. Ele fala demais, repete as coisas, esquece. Isso é muito característico pós reação de stress agudo”, explicou.
Ele está internado desde a noite de domingo no Hospital Neurológico de Goiânia, um dos mais conceituados da capital goiana. O boletim médico esclarece que o contraventor foi internado às 22h30 do domingo, 25, com diarreia aguda, náuseas, desidratação, taquicardia supraventricular, estresse, transtorno de conduta e reação mista de conduta. Os sintomas, segundo o boletim, são agravados pela perda de peso, medido em 18 quilos. O boletim é assinado pelo hematologista Cesar Santana. No momento, o contraventor passa por exames cardiovascular e de sangue.
Cachoeira ficou 265 dias preso em decorrência da Operação Monte Carlo, deflagrada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal por envolvimento em crimes como exploração ilegal de jogos, corrupção e lavagem de dinheiro. Cachoeira foi solto do presídio da Papuda, em Brasília, na última terça-feira, 20, e estava na casa de Andressa, num condomínio de luxo de Goiânia.
As condições físicas de Cachoeira já preocupavam sua companheira, que confidenciou a amigos que levaria o bicheiro a fazer uma bateria de exames. Magro, abatido e com cabelos brancos, Cachoeira pintou os cabelos e comprou roupas adequadas às novas medidas em um shopping de Goiânia. Também visitou o túmulo da mãe, morta em abril (quando ele estava preso), em Anápolis, sua cidade natal.
Na quinta-feira, 22, o MPF de Goiás pediu nova prisão do bicheiro com base em uma segunda denúncia contra ele e outras 16 pessoas, todos suspeitos de participar de uma intensificação de ações criminosas em Brasília. O procurador da República Daniel de Resende Salgado, que agora aguarda a decisão da Justiça sobre o pedido, avaliou que a soltura de Cachoeira configura "potencial violação da ordem pública".
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