MORTE DE BEBÊ EM BELFORD ROXO É INVESTIGADA PELA POLÍCIA
Morte de bebê em Belford Roxo é investigada pela polícia
Com a certidão de óbito nas mãos uma semana após a morte do filho, de 3 anos, a dona de casa Cláudia Aniceto da Conceição, de 23, não consegue entender os motivos que interromperam a vida do pequeno Yuri. O menino morreu dia 10, dois dias após dar entrada no Hospital Infantil de Belford Roxo, apresentando cansaço, segundo a mãe. A 54 DP (Belford Roxo) investiga o caso.
— Ele estava cansado, mas bem. Antes de ir ao hospital, até jantou — disse a mãe.
Cláudia conta que Yuri tinha uma adenóide, que o impedia de respirar pelo nariz, quando ficava resfriado, causando cansaço. No hospital, precisou ser sedado para permitir a nebulização.
— Um enfermeiro chegou a nos orientar a transferi-lo. Mas a médica das 18h disse que não precisava porque Yuri estava bem — contou.
Mas às 2h do dia 10, Cláudia foi informada de que o menino não resistira a uma parada cardíaca.
— Ele estava sem respirador — afirmou a mãe.
A causa da morte, no atestado de óbito, é insuficiência respiratória aguda provocada por asma brônquica. Segundo Cláudia, Yuri nunca teve sintomas de asma.
Procurada pelo EXTRA, a direção do hospital, que é conveniado ao SUS, garantiu que há respiradores na unidade, mas que somente hoje responderá às questões sobre o que aconteceu com Yuri.
O chefe de cartório da 54 DP, Antônio Luis Perrote, disse que o laudo cadavérico de Yuri definirá a investigação.
— O laudo dirá se houve erro médico.
Outra família procurou a Justiça
Amanda (verde), mãe de Breno, e Jaqueline querem justiça
Cinco meses separam a dor de Cláudia à da dona de casa Amanda do Nascimento Tavares, de 18 anos, que perdeu o pequeno Breno, de 5 meses, dia 27 de abril. O bebê foi levado ao Hospital Infantil de Belford Roxo no dia 21 de abril, com febre alta e resfriado, explica Amanda:
— O médico disse que ele deveria ficar em observação por causa da febre. Ficou um dia no quarto e quatro dias na unidade intermediária, onde usou o respirador.
Quando Breno voltou ao quarto, no sexto dia de internação, a médica disse que "ele tinha feito um raios X, estava ótimo e teria alta no dia seguinte", narra a dona de casa Jaqueline Couto do Nascimento, de 45 anos, avó de Breno. Ela estranhou quando, no dia em que teria alta, o bebê foi levado novamente à unidade intermediária, devido a um cansaço:
— Quando deu 12h30m, o médico disse que ele teve duas paradas cardíacas e morreu porque não havia aparelho para reanimá-lo.
Como no caso de Yuri, a direção do hospital informou ao EXTRA que a unidade tem, sim, desfibrilador, aparelho usado em casos de paradas cardíacas. Mas que passará informações específicas somente hoje.
A família não registrou queixa na polícia, mas iniciou uma ação na Justiça contra o hospital.
— Não quero dinheiro. Quero alertar outras mães que levam seus filhos pra lá, mas não sabem o que acontece — desabafou a mãe.
EXTRA
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a vida das pessoas não deve ser colocado em risco.