Colômbia se prepara para negociar a paz


Presidente Juan Manuel Santos
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, deu nesta terça-feira detalhes sobre como será a negociação de um plano de paz entre seu governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Em pronunciamento à nação transmitido pela TV estatal, Santos disse que as negociações começarão na primeira quinzena de outubro, em Oslo (Noruega), e terão continuidade em Havana (Cuba).
De acordo com o presidente, as negociações não terão tempo limitado, e sua duração estará sujeita à revisão dos avanços.
"Se não houver avanços, não prosseguimos", disse.
Santos afirmou que o processo será dividido em três fases: exploratória, sessões de trabalho e fase de implementação simultânea do que for acordado.

Agenda realista

O presidente disse ainda que o diálogo atual se diferencia das tentativas anteriores por ter uma agenda realista sobre cinco pontos concretos: desenvolvimento rural, garantias para o exercício da oposição política, fim do conflito armado, combate ao narcotráfico e proteção aos direitos das vítimas.
Santos garantiu que não haverá concessões de qualquer tipo no terreno militar, e que as operações das forças de segurança "continuarão com a mesma intensidade".
Segundo Santos, este diálogo se diferencia de tentativas anteriores de se chegar a um acordo de paz por dois motivos principais.
Um é a prosperidade da economia colombiana. O outro é o fato de se tratar de "um acordo para terminar o conflito", que tem as condições que o governo considera necessárias.
O presidente pediu "paciência e força" ao povo colombiano.

Farc

Minutos após as declarações de Santos, as Farc também deram sua versão sobre o diálogo de paz, em coletiva de imprensa em Havana.
Em um vídeo apresentado aos jornalistas, o líder das Farc, Timoleón Jiménez, o Timochenko, convocou a Colômbia inteira a participar do processo de paz.
"A paz é uma questão de todos, temos que fazer desta oportunidade um novo grito pela independência", disse.
Timochenko reconheceu o valor e a honra de soldados e policiais e disse que "a saída não é a guerra, mas um diálogo civilizado".

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