Bailarina estreia como a primeira porta-bandeira da escola de samba Inocentes de Belford Roxo



A bailarina Andressa Dornelles
A bailarina Andressa Dornelles Foto: Nina Lima / Extra

Ela chegou ao samba na ponta dos pés. E logo foi percebida pelos bambas por manter a postura adequada. Com a coluna reta, o pescoço imponente e as mãos suaves, a bailarina clássica Andressa Dornelles estreia no maior espetáculo da terra, como a 1ª porta-bandeira da Inocentes de Belford Roxo.
— A postura reta, para valorizar a fantasia, o pescoço e as mãos têm movimentos semelhantes ao balé. Os pés, não. E o balé clássico é rígido. Nele, não se mexe o quadril. No samba mexe — compara a bailarina Andressa Dornelles, de 29 anos.
Professora de balé em Santa Cruz, na Zona Oeste, Andressa vai realizar no carnaval um grande sonho, o de estrear, em noite de gala, no palco mais extenso onde já pisou, a Passarela do Samba.
— Os anos de balé foram essenciais para eu chegar ao Grupo Especial, só com meus estudos e sem ter família no samba — comemora Andressa.
O gingado de porta-bandeira ela aprendeu com a madrinha, Tia Soninha da Mocidade, quando ainda era 2ª porta-bandeira na Acadêmicos de Santa Cruz, em 2005 e 2006.
— Ela me ensinou a ter a ginga no compasso do surdo, o que é bem difícil para uma bailarina — diz Andressa Dornelles.
'Há semelhanças entre balé e samba'
Os ensaios também continuam acirrados na Companhia de Dança Andressa Dornelles, em Santa Cruz, onde a atual primeira porta-bandeira da Inocentes de Belford Roxo mora e dá aulas de balé.
Andressa com as alunas, na escola de dança, em Santa Cruz
Andressa com as alunas, na escola de dança, em Santa Cruz Foto: Nina Lima / Extra
No espaço, o ritmo de aprendizado é clássico para os 80 alunos, com idades entre 2 e 40 anos: em média, duas vezes por semana, durante uma hora, para cada uma das sete turmas.
— Sou muito rígida com os alunos porque bailarino tem que ter disciplina e cumprir horário. Ensino o método inglês Royal, em falta no Rio. E o método russo Vaganova — diz.
Além da Santa Cruz, onde desfilou como 2ª porta-bandeira, Andressa foi a 1ª na Sereno de Campo Grande, de 2007 a 2010, e na União do Parque Curicica, em 2011 e 2012.
— Fiquei sem dançar balé dos 14 aos 18 anos, mas queria trabalhar com ele. Como há carência na região, montei a escola. E encarei o carnaval como um desafio — diz.
Professora é rígida nas aulas em casa
Os ensaios também continuam acirrados na Companhia de Dança Andressa Dornelles, em Santa Cruz, onde a atual 1ª porta-bandeira da Inocentes de Belford Roxo mora e dá aulas de balé.
As alunas de Andressa se preparam para a aula de balé
As alunas de Andressa se preparam para a aula de balé Foto: Nina Lima / Extra
No espaço, o ritmo de aprendizado é clássico para os 80 alunos, com idades entre 2 e 40 anos: em média, duas vezes por semana, durante uma hora, para cada uma das sete turmas.
— Sou muito rígida com os alunos porque bailarino tem que ter disciplina e cumprir horário. Ensino o método inglês Royal, em falta no Rio. E o método russo Vaganova — diz.
Além da Santa Cruz, onde desfilou como 2 porta-bandeira, Andressa foi a 1 na Sereno de Campo Grande, de 2007 a 2010, e na União do Parque Curicica, em 2011 e 2012.
— Fiquei sem dançar balé dos 14 aos 18 anos, mas queria trabalhar com ele. Como há carência na região, montei a escola. E encarei o carnaval como um desafio — diz.



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