Análise dos enredos 2013: Unidos da Tijuca
A terceira escola a ter o enredo analisado por blogueiros do SRZD-Carnaval é a Unidos da Tijuca, seguindo a ordem dos desfiles do Grupo Especial para o Carnaval 2013.
A agremiação vai levar para a Avenida o enredo "Desceu num raio, é trovoada. O deus Thor pede passagem para mostrar nessa viagem a Alemanha encantada", que está sendo desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros.
Nesta quinta, a escola a ter o enredo analisado será a União da Ilha!
Confira a análise no vídeo abaixo a opinião de Hélio Ricardo Rainho e, na sequência, o parecer de Cláudio Russo e Rachel Valença:
Rachel Valença
Este pode não ser um grande enredo, pode não ser o enredo dos sonhos de um carnavalesco, mas o fato é que Paulo Barros já deu o seu jeito. A boa sinopse, feita em parceria com a equipe da Casa da Ciência, que desde 2002 colabora com o carnavalesco, já mostra muito claramente a marca dele. Pois, de tantas coisas a serem destacadas na cultura germânica, ele elege seres que "brincam com a imaginação humana, atiçam a curiosidade, construindo um imaginário misterioso e caótico". Afinal, não é isso que Paulo Barros adora fazer, qualquer que seja o enredo?
Lá estarão, conforme nos promete a sinopse, os mendigos e prostitutas do teatro de Brecht, o Fausto de Goethe e seu pacto com o diabo, o cabaré O Anjo Azul, do filme da década de 1930. É ou não é Paulo Barros puro? Completam o quadro as invenções e a tecnologia, que também darão ao criativo carnavalesco oportunidade de se superar.
Tal como o enredo da Inocentes de Belford Roxo, sobre a Coréia do Sul, a Unidos da Tijuca deve acabar seu desfile com a homenagem aos imigrantes que trouxeram até nós "os gostos de outras terras". Pelo menos é o que se entrevê na sinopse. Uma válida tentativa de associar culturas, tornando o enredo um pouco menos frio e distante.
Cláudio Russo
Vejo que a Unidos da Tijuca começa muito bem para o carnaval de 2013, quando o seu carnavalesco, Paulo Barros, adota no primeiro contato com os compositores uma sinopse simples e objetiva. Parece-me ser uma proposta muito clara ao buscar elementos que a Alemanha trouxe para o engrandecimento da civilização, então fica evidente o passeio pela cultura alemã (literatura, cinema, música...) como também pela ciência e seus inventos, adota como fio condutor, o que é uma característica muito própria no trabalho deste artista, a mitologia nórdica e aí ficou para alguns a grande interrogação, mas se formos buscar os primórdios daquela região que hoje pertence a Alemanha temos uma cultura difundida por povos bárbaros, principalmente os Germanos, que cultuavam deuses como Odin e Thor.
Acho que a Tijuca sempre vem forte, têm uma equipe extremamente profissional capitaneada pela gestão de seu presidente e o talento de seu carnavalesco e, o que poderia ser uma incógnita, que é a escolha do enredo começa a se dissipar com a abordagem adotada de forma inteligente.
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